"Portugal participará solidariamente" em caso de guerra, diz ministro
O ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, relembrou que "um ataque contra um é um ataque contra todos", referindo-se aos países membros da NATO.
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País Guerra na Ucrânia
Quanto à possível participação de tropas portuguesas na força de reação rápida da NATO, VJTF [Very High Readiness Joint Task Force], o ministro da Defesa explicou, esta quarta-feira, que, primeiramente, é necessário um “pedido nesse sentido por parte das autoridades militares da NATO” e, posteriormente, “tem de haver o procedimento que está constitucionalmente estabelecido em Portugal”.
João Gomes Cravinho admite que existe essa possibilidade caso as autoridades militares da organização decidam “que estão ameaçados países que pertencem à NATO”, revelando que se assim for “Portugal participará solidariamente”. Contudo, salienta que “não está neste momento previsto darmos apoio em termos de armas letais”.
“Nós temos diversas posturas na NATO”, confessou o ministro, relembrando que “Portugal tem uma relação próxima, de amizade, com a Ucrânia” e tem inclusive dado “algum apoio não letal”, como coletes e capacetes. Para além deste auxílio, militares ucranianos feridos em combate têm sido acolhidos no hospital das forças armadas.
Em declarações à RTP, João Gomes Cravinho frisou que “qualquer país que seja membro da NATO dispõe do artigo 5.º que diz que ‘um ataque contra um é um ataque contra todos’”, acrescentando que “Portugal é um dos 30 aliados da NATO e qualquer ataque contra um país da NATO será considerado como um ataque contra nós todos, contra Portugal também”.
O ministro pensa que “é extremamente preocupante a tresleitura da história que temos vindo a assistir por parte do presidente Putin”, e espera que “Putin pense duas, três, quatro vezes antes de qualquer atitude contra um pais membro da NATO”.
O ministro da Defesa comentou ainda o ciberataque ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, alertando que, atualmente, “estamos todos vulneráveis e sabemos que a Rússia tem desenvolvido uma elevada capacidade de ciberataque”. Porém, disse que se está "a trabalhar para reforçar as nossas defesas”.
João Gomes Cravinho acredita que Portugal “está razoavelmente adiantado em termos europeus”, mas tem “plena consciência” de que, numa sociedade em que o digital tem cada vez mais peso, existem “grandes vulnerabilidades a ciberataques”, sendo que nos deparamos com “um novo mundo”.
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