A iniciativa é realizada com a colaboração da comunidade ucraniana de Monges Basílianos que reside e colabora no Santuário de Fátima.
Também nas missas do programa oficial está a ser introduzida "uma prece especifica [pela paz na Ucrânia] na Oração dos Fiéis".
Por outro lado, e "como expressão da solidariedade para com o povo ucraniano, cuja comunidade de Fátima é muito significativa, e em articulação com a Cáritas Portuguesa, o Santuário disponibilizará um apoio financeiro concreto para a ajuda humanitária ao povo ucraniano, sempre tão presente nas celebrações de Fátima, especialmente nas Peregrinações Internacionais Aniversárias".
O Santuário recorda, ainda, que "anualmente a comunidade ucraniana residente em Portugal organiza uma peregrinação nacional a Fátima".
O cardeal António Marto exortou no domingo, em Fátima, os católicos portugueses a rezarem pela paz na Ucrânia, sublinhando que, face à ameaça de guerra, "é necessário despertar da indiferença".
Na última missa a que, como administrador apostólico da diocese de Leiria-Fátima presidiu no Santuário de Fátima, António Marto alertou para o "contexto atual que o mundo conhece e atravessa, após longo período de fragilidades, feridas, incertezas, luto e medos, em que paira uma ameaça de guerra. É necessário despertar da indiferença, da apatia, do cansaço espiritual, do desânimo que pode levar ao fatalismo".
Neste contexto, o Santuário de Fátima anunciou a realização de uma "corrente de oração pela paz na Ucrânia", que decorre até ao final da semana.
A Rússia lançou hoje de madrugada uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que as autoridades ucranianas dizem ter provocado dezenas de mortos nas primeiras horas.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que o ataque responde a um "pedido de ajuda das autoridades das repúblicas de Donetsk e Lugansk", no leste da Ucrânia, cuja independência reconheceu na segunda-feira, e visa a "desmilitarização e desnazificação" do país vizinho.
O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU.
Leia Também: Ucrânia: Escalada do conflito vai aprofundar necessidades humanitárias