O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, explicou que o conjunto de novas sanções decididas na tarde da passada sexta-feira, na reunião do Conselho Europeu, em Bruxelas, é "muito poderoso" e "muito duro", de forma a "explicar às autoridades russas que se persistirem nesta agressão, o seu contacto económico com o mundo ficará em causa".
O ministro deu o exemplo do navio russo intercetado na manhã deste sábado no Canal da Mancha, salientando que "estas sanções são muito eficazes e dirigem-se ao coração da atividade económica russa" tanto com o mundo como com a Europa. Acrescentou também que o financiamento do estado russo fica agora "interdito aos bancos e demais instituições financeiras europeias".
Em declarações à RTP3, o ministro dos Negócios Estrangeiros explicou que foi decidida a interdição de qualquer ligação e transação com o Banco Central da Rússia e passa "a ser proibido exportar para a Rússia componentes, equipamentos tecnológicos ligados à energia e aviação".
Mas as medidas não ficam por aqui. Está "proibida a exportação de qualquer bem de duplo uso, isto é, um bem civil que possa ser utilizado também para efeitos militares", assim como "as importações de quaisquer bens da região do Donbass". Santos Silva adiantou ainda que "estão congelados os ativos financeiros da Europa a centenas de cidadãos russos e entidades russas associadas a esta agressão".
De recordar que a Rússia foi, na passada sexta-feira, suspensa do Conselho da Europa e as consequências do conflito que provoca atualmente são notórias noutras áreas, como o cancelamento da final da Liga dos Campeões, que se realizaria em São Petersburgo, ou o facto ter sido afastada do concurso da Eurovisão.
Leia Também: Iniciativa Liberal elogia "coragem, bravura e dignidade" de ucranianos