"Oitenta turistas [ucranianos] já saíram da Madeira, a maioria no voo de hoje para Vilnius e os restantes noutros voos anteriores nestes últimos dias", é referido pelo o executivo madeirense numa nota divulgada pela secretaria regional do Turismo e Cultura.
No documento, o governo madeirense menciona que "permanecem no Funchal cerca de sete dezenas de turistas ucranianos, número que está em constante atualização através do contacto com a hotelaria regional e com um membro da comunidade ucraniana residente, através da informação que chega pelas redes sociais".
O conflito de guerra na Ucrânia surpreendeu 189 turistas ucranianos e 220 russos que estavam de férias na Madeira, tendo o governo desta região autónoma desencadeado diligências para tentar resolver o problema do seu regresso aos países de origem.
Dos 70 turistas ucranianos que ainda estão na região, "36 estão alojados em unidades hoteleiras com o apoio do Governo Regional e os restantes permanecem ainda na ilha por sua conta, mas em contacto com as autoridades locais", complementa a informação divulgada.
Também menciona que os turistas ucranianos que decidiram regressar viajando até Vilnius, na Lituânia, nos lugares disponibilizados pelo operador ITAKA no voo de hoje da Smartwings, contam com o apoio daquele operador "num trabalho articulado com as autoridades lituanas".
"Às cinco dezenas de ucranianos já em viagem até Vilnius, a Lituânia oferece duas soluções, uma das quais "ficar provisoriamente naquele país com todo o apoio das autoridades locais (alojamento e alimentação)".
Ainda podem optar por ser transportados para a Polónia, para perto da fronteira com a Ucrânia (Lublin), "onde terão apoio das entidades polacas, que inclusivamente de disponibilizam para acolher os familiares dos elementos do grupo, que ainda estejam na Ucrânia e que consigam chegar à fronteira", aponta.
Quanto aos 220 turistas russos que estão na Madeira, onde chegaram no voo do passado domingo, a TUI Rússia "já garantiu que domingo chegará à Madeira um avião que os levará de regresso a Moscovo", refere.
O governo madeirense anuncia que "devido à situação atual de conflito e instabilidade, a operação entre Funchal e Moscovo, iniciada a 20 de fevereiro, foi suspensa até dia 31 de março".
"Há que sublinhar que o operador já manifestou todo o interesse em retomar a operação quando a situação de normalidade for restabelecida", é realçado na mesma informação.
Citado no documento, o secretário regional de Turismo e Cultura da Madeira, Eduardo Jesus, destaca a "colaboração excecional entre as várias entidades".
O governante garante que "será dada continuidade a este esforço" de apoio aos cidadãos ucranianos que se encontram na Madeira, no sentido "de procurar facilitar a vida a estas pessoas que não têm qualquer culpa da situação em que se encontram e que precisam de ficar bem acolhidas na Madeira ou então, para aquelas que, se assim o desejarem, queiram regressar a casa".
A Madeira tinha em curso ligações aéreas diretas com os aeroportos de Kiev e Moscovo, as quais perspetivavam gerar "cada uma delas trazer cerca de 7.000 pessoas à região", disse Eduardo Jesus.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos 198 mortos, incluindo civis, e mais de 1.100 feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 120.000 deslocados desde o primeiro dia de combates.
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