TI Portugal satisfeita com suspensão de vistos 'gold' a cidadãos russos

A organização Transparência Internacional (TI) Portugal congratulou-se hoje pela decisão do Governo de suspender a atribuição de vistos 'gold' a cidadãos russos, como parte das sanções aplicadas pela União Europeia à Rússia pela invasão da Ucrânia.

Notícia

© iStock

Lusa
26/02/2022 23:10 ‧ 26/02/2022 por Lusa

País

Ucrânia

"A Transparência Internacional Portugal congratula-se pela decisão anunciada este sábado, pelo senhor ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, de suspender a atribuição de vistos 'gold' a cidadãos russos", afirma a organização, em comunicado.

Em declarações hoje à CNN Portugal, Augusto Santos Silva afirmou que "o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras [SEF] já suspendeu a apreciação de qualquer dossiê de candidatura para autorizações de residência para investimento, vulgo vistos 'gold', de cidadãos russos".

A presidente da TI Portugal, Susana Coroado, disse esperar que a suspensão "abranja igualmente os processos de pedido de residência permanente e cidadania a indivíduos detentores de vistos 'gold'", considerando que esta situação não ficou clara.

A associação realça que "há vários anos" que chama a atenção "para os riscos" do programa de Autorizações de Residência para Atividade de Investimento e espera que "este seja o primeiro passo para uma reflexão séria sobre os vistos 'gold' e novas medidas sejam aplicadas de modo mais abrangente".

O investimento oriundo da Rússia captado pelo programa vistos 'gold' totaliza mais de 277,8 milhões de euros em nove anos e o da Ucrânia soma 32,5 milhões de euros, segundo dados do SEF avançados pela Lusa na sexta-feira.

No total, desde que o programa de Autorização de Residência para Atividade de Investimento (ARI) foi lançado, foram concedidos 431 vistos 'gold' a cidadãos russos, o que corresponde a um investimento de 277.811.929,38 euros, de acordo com o SEF.

Já este ano, foram atribuídos sete vistos 'dourados' a cidadãos russos.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos 198 mortos, incluindo civis, e mais de 1.100 feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 150.000 deslocados para a Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.

Leia Também: SEF suspende vistos gold para cidadãos russos 

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas