Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações proferidas aos jornalistas esta tarde, abordou o conflito que tem existido em território ucraniano, descrevendo-o como uma situação "complexa e difícil". Num contexto desta natureza, o Presidente da República acredita que é necessário "dar esperança a quem foge da guerra" e do "conflito injusto".
Numa altura em que ainda não se vislumbra um cessar-fogo, na sequência da invasão russa à Ucrânia, Marcelo Rebelo de Sousa defende que é "preciso ter esperança em termos do apelo à paz, ao diálogo, à convergência e ao entendimento". Isto numa altura em que "centenas de milhares" de pessoas "já saíram" de território ucraniano ou preparam-se para fazê-lo.
O chefe de Estado deixa, ainda, um elogio à mobilização que se tem registado, em Portugal, para prestar um apoio aos refugiados ucranianos. Marcelo Rebelo de Sousa lembra que "todo o país" se tem mobilizado "para criar condições de acolhimento" para estas pessoas que "estão a chegar" e que "vão chegar a Portugal", em busca de um "futuro melhor".
No âmbito da receção a estes refugiados, o Presidente da República relembra que existiu um "Conselho de Ministros extraordinário" onde foi definido um "enquadramento social daqueles que chegam", com o objetivo de "garantir a sua integração". As "medidas" até agora aprovadas pelo Executivo nacional preveem ainda, na ótica do Chefe de Estado, "uma conjugação de esforços de vários departamentos públicos com iniciativas da sociedade civil".
Nesta que é uma situação de "conflito militar" em território ucraniano, Marcelo Rebelo de Sousa destaca ainda que "Portugal, tal como os seus parceiros europeus, na hora da verdade disse 'presente'".
O Presidente da República deixou ainda, em declarações à comunicação social, um elogio ao trabalho, "em permanência", que tem vindo a ser efetuado pelos principais "órgãos europeus", de forma a ser desenvolvida uma resposta europeia "convergente" face a esta situação de guerra.
Apesar de cada país ter "a sua posição" acerca das metodologias que devem ser seguidas para se atingir uma resolução do conflito, Marcelo Rebelo de Sousa celebra a forma como tem existido uma resposta "conjunta" por parte dos países da União Europeia e dos restantes aliados, nomeadamente da NATO. A "atuação em conjunto é mais forte, não cria clivagens, nem divergências", argumenta.
Porém, o Presidente da República recusa-se a comentar "medidas e decisões específicas", bem como as posições de outras nações face a esta matéria. Isto porque, na sua perspetiva, o importante é que Portugal tem vindo a tomar as "decisões adequadas" em "concertação com os demais parceiros".
[Notícia atualizada às 18h36]