O ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, afirmou, esta quarta-feira, que nas próximas semanas será enviada uma equipa das Forças Armadas portuguesas para “efeitos de dissuasão” na Roménia, tal como “está a acontecer noutros países limítrofes da Ucrânia”.
“Neste momento está uma equipa na Roménia para fazer o planeamento e dentro de algumas semanas, ainda no mês de março, teremos lá os nossos militares - uma companhia para apoiar a dissuasão. São para efeitos de dissuasão, ou seja, estão lá para apoiar a capacidade de dissuasão da Roménia e o mesmo está a acontecer noutros países limítrofes da Ucrânia”, afirmou em entrevista à CNN Portugal.
Segundo o governante, trata-se de uma equipa de cerca de mil militares, entre membros do Exército, da Marinha Portuguesa e da Força Aérea.
Questionado sobre a sua opinião em relação ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia, o ministro frisou que “o mundo mudou no dia 24 de fevereiro” e é necessário “entender o que isso significa”.
“Adaptarmo-nos vai ser um processo que vai levar alguns meses. Não prevemos, infelizmente, que este conflito acabe rapidamente”, considerou.
Por outro lado, parece “evidente” que a Rússia terá “subestimado as consequências das sanções” para a economia do país. “Hoje em dia, a guerra é combatida em múltiplas frentes e a frente doméstica é muito relevante”, considerou.
Sublinhando que uma intervenção da NATO no conflito - em vez da implementação de sanções económicas - seria “o pior imaginável” e que a Ucrânia não é membro da aliança transatlântica, Gomes Cravinho lembra que “isso não significa que se abandone” o país.
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