Ucrânia. Organismos da cultura em Portugal mobilizam-se para ajudar

Grupos ligados à cultura e à comunidade ucraniana juntaram-se para criar uma rede logística de recolha de bens e posterior envio para a Polónia junto à fronteira com a Ucrânia, na sequência da ofensiva militar russa àquele país.

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© Chris McGrath/Getty Images

Lusa
04/03/2022 15:14 ‧ 04/03/2022 por Lusa

País

Ucrânia/Rússia

"Os organismos da Cultura são por excelência organismos comunitários e por isso o ponto por excelência de união de forças e vontades", descreve o movimento denominado "Cultura pela Ucrânia" na sua página de Internet - aqui.

Nesse sentido, montaram em parceria com grupos ucranianos em Portugal uma rede logística para recolha de bens de diversos pontos do país e posterior envio para a Polónia.

O objetivo "é garantir que os organismos culturais e de ensino que queiram promover a recolha de bens tem aqui uma forma de escoar os mesmos e de os fazer chegar ao destino", acrescentam os promotores da iniciativa.

Os bens recolhidos serão depositados em armazéns e carregados em camiões TIR rumo à Polónia.

Todos os envios serão documentados e alvo de processo administrativo de expedição por parte do movimento "ihelp_Ukraine.pt" junto da Cruz Vermelha.

Na Polónia a coordenação de distribuição será em conjunto com as orientações da Embaixada da Ucrânia naquele país.

Caso o conflito termine ou as necessidades sejam reduzidas "todos os bens que não tenham sido enviados, serão entregues a entidades de solidariedade social em Portugal", assegura o movimento Cultura pela Ucrânia.

Os pontos de recolha de bens são o Teatro Nacional D. Maria II, o Teatro Aberto, o Teatro da Trindade, a Associação dos Amadores de Musica e o INATEL, em Lisboa, bem como as farmácias Galeno, em Almada, e Matos Lopes, na Amora.

Alimentos não perecíveis, água, roupa, produtos de higiene, cabos de telefone e 'powerbanks', medicamentos e material médico são os bens que constam da lista.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de um milhão de refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia, entre outros países.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.

Leia Também: Ucrânia. Teatro Real de Madrid cancela atuação de Ballet Bolshoi

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