O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, falou aos jornalistas depois de uma reunião em Bruxelas, revelando que um ponto muito presente foi a “necessidade de cuidar da implementação completa das sanções”, avaliando o efeito das mesmas, antes de implementar mais.
“É uma fase muito importante, não podemos multiplicar-nos em sanções sem cuidar que elas estão completamente implementadas no terreno”, afirmou.
Santos Silva afirmou que União Europeia, Estados Unidos, Reino Unido e Canadá alinharam-se nas sanções a impor à Rússia.
Perante a evolução “muito negativa” no terreno, foram discutidas novas medidas de “isolamento da Rússia nas organizações internacionais”, sobretudo nas instituições financeiras multilaterais.
Foi também discutido o alargamento das sanções a mais oligarcas russos, tendo a Polónia apresentado uma lista com mais nomes, lista que teve "total apoio de Portugal". "Nos próximos dias ou semanas acrescentaremos personalidades russas singulares ou coletivas à lista de pessoas sancionadas", referiu.
Segundo Santos Silva, discutiu-se a "expansão das sanções económicas no que diz ao planeamento do acesso ao SWIFT ou da proibição de transações económicas ou financeiras dentro do espaço europeu", disse, explicando que aqui se referia não a criar novas sanções, mas sim a acrescentar novas entidades - bancos, oligarcas ou empresas.
Por fim, um outro ponto do encontro foi a necessidade de a Europa diminuir “radical e rapidamente a dependência face ao gás e petróleo russo”, reiterando Santos Silva que no caso de Portugal esta é “mínima”.
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