Numa carta enviada quinta-feira às cidades e empresas associadas da UCCLA, o secretário-geral da organização, Vitor Ramalho, destaca a onda de solidariedade manifestada em múltiplos domínios por munícipes de inúmeras cidades, municípios e regiões de países de língua oficial portuguesa associadas da União para com os refugiados ucranianos e "a convergência de diversas iniciativas de apoio".
Nesta missiva, Vítor Ramalho destaca a importância da divulgação das ações promovidas por munícipes e instituições da sociedade civil, bem como de empresas ou cidades associadas da UCCLA.
Com esta divulgação, a UCCLA pretende fazer com que esta solidariedade seja alargada "a outras entidades do mundo de expressão portuguesa, potenciando ainda mais iniciativas semelhantes tão necessárias à mitigação do pesado sofrimento que se abateu sobre os refugiados, a que ninguém pode ser alheio".
Para Vitor Ramalho, esta onda de solidariedade reflete "a conceção universalista, tolerante e solidária dos povos de língua portuguesa".
E acrescenta que a "elevada presença de famílias ucranianas em Portugal, a par de outras famílias originárias de países de língua portuguesa, que têm prestado um contributo relevante para as cidades justifica acrescidamente que a UCCLA passe a divulgar nas plataformas sociais que tem, com grande audiência, as iniciativas de solidariedade que por aquelas entidades têm sido ou venham a ser desenvolvidas".
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de um milhão de refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia, entre outros países.
O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a "operação militar especial" na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.
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