Fátima, Santarém, 11 mar 2022 (Lusa) -- O reitor do Santuário de Fátima, padre Carlos Cabecinhas, quer que o esforço de apoio e acolhimento aos refugiados da guerra da Ucrânia "dure e não seja apenas fruto de uma emoção passageira".
No editorial do jornal Voz da Fátima do próximo domingo, dia 13, Carlos Cabecinhas alude à existência de "irracionalidade na guerra, (...) que nunca é solução, mas sim origem de inumeráveis problemas e dramas, que deixa atrás de si um rasto de sofrimento e morte, de destruição e desespero".
"A terrível sensação de impotência diante do sofrimento das vítimas desta guerra pode empurrar-nos para a indiferença (...) ou para o desespero", escreve o reitor, acrescentando: "vencer a indiferença significa não nos calarmos diante da injustiça e da irracionalidade da guerra, mas também, e sobretudo, sermos sensíveis às necessidades dos refugiados e generosos para com as vítimas".
Carlos Cabecinhas apela ainda à oração, lembrando que "o terço, a oração mais insistentemente pedida por Nossa Senhora nas suas aparições da Cova da Iria, é, por excelência, a oração da paz".
O reitor do Santuário de Fátima, no seu texto, recorda, ainda, o comentário teológico de então cardeal Joseph Ratzinger - depois Papa Bento XVI - à terceira parte do Segredo de Fátima, no qual é defendido que "a fé e a oração são forças que podem influir na história... a oração é mais forte que as balas, a fé mais poderosa que os exércitos".
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