Em comunicado enviado à agência Lusa, o município alentejano explicou que a iniciativa é dirigida a proprietários de imóveis que tenham casas "desocupadas" e aceitem "receber temporariamente cidadãos ucranianos que cheguem ao concelho".
As inscrições na "bolsa de habitação" podem ser realizadas através do Gabinete de Ação Social da câmara, presencialmente ou através do email gabinete.social@mun-aljustrel.pt.
No comunicado, a Câmara de Aljustrel adiantou que o objetivo desta "bolsa de habitação" passa por "dar também à sociedade civil a oportunidade para se juntar neste plano de apoio concelhio" a "quem teve de sair do seu país por causa da guerra".
A autarquia referiu ainda que, através de "um conjunto de ações estruturadas", pretende contribuir "para o acolhimento destes cidadãos e para a sua plena integração" no município e "mitigar os efeitos desta crise humanitária".
No início do mês, esta câmara alentejana revelou ter colocado à disposição da comunidade ucraniana residente no concelho apoio psicológico, para que esta possa enfrentar a atual situação "de maior vulnerabilidade emocional" da "melhor forma possível".
"Como temos uma psicóloga disponível, e até pela experiência que tivemos com a covid-19, decidimos disponibilizar esse serviço", explicou à agência Lusa o presidente do município, Carlos Teles (PS), na altura.
Segundo o autarca, no concelho de Aljustrel residem cerca de 50 ucranianos, cujas famílias estão sobretudo na zona de Lviv.
A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 691 mortos e mais de 1.140 feridos, incluindo algumas dezenas de crianças, e provocou a fuga de cerca de 4,8 milhões de pessoas, entre as quais três milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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