"Nós não só temos capacidade como precisamos mesmo de pessoas para trabalhar e para serem integradas em Portugal", disse Cláudia Pereira à margem da inauguração do Centro Local de Apoio à integração de Migrantes (CLAIM), no Instituto Politécnico do Porto (IPP).
Dizendo que o principal objetivo é "salvar vidas" e fazer com que quem vem da Ucrânia se sinta feliz, a governante lembrou que, para isso, é preciso que quem chega aprenda a língua, frequente a escola ou tenha emprego.
E, todos os meses, adiantou, há cerca de 23 mil vagas de emprego que ficam por preencher.
O acolhimento de pessoas vindas de outros países tem sido "muito importante" e têm dado um "grande contributo" a Portugal, nomeadamente no que diz respeito à diversidade de negócios, mão de obra e Segurança Social.
"De acordo com o Observatório das Migrações, o contributo dos imigrantes para a Segurança Social no último ano foi de 802 milhões de euros, ou seja, quer dizer que a Segurança Social beneficiou 802 milhões com os imigrantes, entre os quais a população ucraniana que já vive em Portugal", vincou Cláudia Pereira.
A secretária de Estado recordou que o número de imigrantes em Portugal é de 7% da população total, cerca de 715 mil.
Por comparação, o número de portugueses no estrangeiro é de 2 milhões e 300 mil, reforçando que o número de imigrantes em Portugal equivale aos portugueses em apenas dois países, nomeadamente França e Luxemburgo.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 691 mortos e mais de 1.140 feridos, incluindo algumas dezenas de crianças, e provocou a fuga de cerca de 4,8 milhões de pessoas, entre as quais três milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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