Numa reunião de líderes promovida pelo Partido Socialista Europeu, convocada com o objetivo de discutir uma resposta socialista europeia concertada à crise provocada pela guerra na Ucrânia, José Luís Carneiro defendeu que "em nenhuma situação" uma guerra na Europa é algo com que os cidadãos europeus estejam dispostos a viver.
"Mesmo com todo este apoio económico, as pessoas serão privadas de bens críticos e uma reação é de esperar mais cedo do que poderemos pensar. Vinte dias de guerra real na Europa é já tempo a mais", sustentou na sua intervenção, feita em inglês, por videoconferência, e cuja versão escrita enviou à Lusa.
José Luís Carneiro, salientou o "bom caminho" feito pelas sanções europeias à Rússia, defendendo o seu endurecimento e sublinhando que "nem por um segundo" a guerra na Europa pode ser normalizada.
"Penso que devemos também sublinhar o bom caminho que as sanções europeias significam, embora devam continuar a ser cada vez mais duras", defendeu.
O secretário-geral-adjunto do PS recusou uma normalização da guerra, pediu um cessar-fogo imediato e negociações de paz rápidas.
"Nem por um vislumbre de segundo devemos normalizar a guerra", declarou, salientando a necessidade de "trabalhar por um cessar-fogo imediato usando todos os instrumentos diplomáticos disponíveis".
A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 726 mortos e mais de 1.170 feridos, incluindo algumas dezenas de crianças, e provocou a fuga de cerca de 4,8 milhões de pessoas, entre as quais três milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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