O ministro da Saúde da Ucrânia anunciou que os ataques russos destruíram dez hospitais desde o início da invasão, mais um do que na segunda-feira.
Citado pela Reuters, Viktor Lyashko alerta para as dificuldades em reabastecer outros hospitais, ainda intactos, com medicamentos e mantimentos, devido aos constantes bombardeamentos e ataques perto de unidades hospitalares.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) não confirmou os dados do governo ucraniano, mas afirmou ter registado 62 ataques a instalações médicas desde o início da guerra.
Nesses 62 ataques, terão morrido 15 pessoas, além de terem ficado feridas outras 37.
Lyashko também mencionou um fator importante no que diz respeito à saúde e que, com a guerra, tem sido algo ignorado.
A Covid-19 ainda não desapareceu e, na Ucrânia, tem sido difícil conter a disseminação da doença. Segundo os dados do Ministério da Saúde, no dia 24 de fevereiro, no dia em que começou a guerra, foram registados cerca de 25 mil novos casos. No entanto, ao longo do último mês, foram sendo registados apenas entre três a cinco mil casos diários.
O ministro alertou que a testagem em clima de guerra tem sido praticamente impossível, numa entrevista a uma televisão ucraniana, citada pela Reuters, admitiu que a testagem está a ser realizada apenas em zonas onde não há conflito, especialmente a oeste.
Já quanto à vacinação, o site Our World In Data aponta que apenas 1,6% da população ucraniana recebeu a dose de reforço, e apenas um terço da população foi inoculada com duas doses da vacina.
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