Maria do Céu Antunes terá que lidar com seca e custos de produção

Maria do Céu Antunes mantém-se na liderança do Ministério da Agricultura, que agrega agora as pescas, numa altura em que o setor reclama apoios para mitigar o impacto da seca e do aumento dos custos de produção.

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© Ministério da Agricultura

Lusa
24/03/2022 10:12 ‧ 24/03/2022 por Lusa

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Segundo a composição do XXIII Governo Constitucional, conhecida hoje, Maria do Céu Antunes foi escolhida para a pasta da Agricultura e da Alimentação, cargo que mantém após ter deixado de ser secretária de Estado do Desenvolvimento Regional.

A governante, natural de Abrantes, terá agora que continuar a apresentar soluções para o setor, que reclama apoios que mitiguem o impacto da seca e da escalada dos custos de produção, agravada pela invasão da Ucrânia pela Rússia.

O setor apela ao fim da especulação e pede a adoção de medidas extraordinárias, como a isenção ou redução de tributação em sede de Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP) para o gasóleo agrícola.

Maria do Céu Antunes conseguiu fechar a reforma da PAC durante a Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia, mas a forma como conduziu o Plano Estratégico da PAC (PEPAC) tem sido alvo de críticas pelo setor.

Em declarações à Lusa, chegou a admitir que "o calendário não foi o ideal", ressalvando que tal não foi culpa do ministério ou da Presidência Portuguesa.

"A primeira proposta do regulamento foi apresentada em julho de 2018 e só em junho de 2021 é que conseguimos finalizar a reforma da PAC. Tivemos apenas de julho de 2021 a dezembro para concluirmos e apresentarmos o plano, sob pena de que, se não o fizéssemos, em janeiro de 2023 os agricultores podiam perder os apoios", apontou.

Maria do Céu Antunes, que nasceu em 1970, é licenciada em Bioquímica pela Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade de Coimbra e tem uma pós-graduação em Gestão da Qualidade e Segurança Alimentar pelo Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz.

Presidente da Câmara Municipal de Abrantes durante nove anos, presidiu também ao Conselho Intermunicipal da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo.

A governante integrou o Conselho Económico e Social e o Conselho das Comunidades e Regiões da Europa na Comissão Permanente para a Igualdade das Mulheres e dos Homens na Vida Local.

Maria do Céu Antunes foi também membro do Comité de Acompanhamento do Programa Operacional Regional Centro 2020 e da Comissão Executiva da Entidade Regional do Turismo Centro de Portugal, tendo ainda presidido à direção da Associação Portuguesa de Parques de Ciência e Tecnologia (TecParques).

Antes de ter assumido, pela primeira vez, a pasta da Agricultura, em 2019, a governante foi secretária de Estado do Desenvolvimento Regional do XXI Governo Constitucional.

Leia Também: Parlamento e campanha eleitoral no currículo do novo ministro do Ambiente

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