O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, chega na tarde de domingo a São Jorge, a ilha afetada por uma crise sísmica há cerca de uma semana, encontrando-se no nível quatro de alerta vulcânico.
A chegada do Presidente da República está prevista para as 15h30, "para dar um sinal claro da proximidade e da solidariedade da mais alta figura do Estado aqui em São Jorge, com os açorianos e os jorgenses em particular", sublinhou o presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, em declarações à CNN.
Marcelo tem acompanhado a situação e falou, na manhã de sexta-feira, ao telefone com Boliero, "que está na Ilha de São Jorge e que lhe explicou a situação, bem como as medidas tomadas e previstas pelo Governo Regional, salientando a compreensão da população quanto ao fenómeno sísmico em curso e quanto à necessária prevenção", lê-se no site da presidência.
O Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) registou, desde a meia-noite de hoje, 560 eventos sísmicos na ilha de São Jorge, o que representa uma diminuição face ao número verificado na sexta-feira.
A empresa Portos dos Açores, que gere as infraestruturas portuárias da região, anunciou que está a preparar os portos da ilha de São Jorge para dar resposta a um eventual agravamento da crise sismovulcânica na ilha. Já esta semana, o presidente da câmara das Velas, Luís Silveira, explicou que o plano de contingência inclui a mobilização das igrejas da ilha para darem o sinal, através do repicar dos sinos, caso seja necessária evacuação.
Desde o dia 19 de março que foram registados milhares de sismos na ilha de São Jorge, mais de 180 sentidos pela população. Na quarta-feira, o Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) elevou o nível de alerta vulcânico na ilha de São Jorge para V4 (de um total de cinco), o que significa "possibilidade real de erupção".
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