Situação "estabilizada" mas auxílio pode ser mobilizado se necessário

O Governo destacou hoje a situação "aparentemente mais estabilizada" na ilha de São Jorge, nos Açores, onde a atividade sísmica está acima do normal, mas garantiu que, caso seja necessário, existe um plano para mobilizar rapidamente auxílio.

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Lusa
28/03/2022 18:20 ‧ 28/03/2022 por Lusa

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Sismo

 

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"Há uma janela muito expressiva em termos de cenários, desde o não acontecer nada a acontecer uma situação muito grave vai um largo espetro de cenários, [mas] a situação está, neste momento, aparentemente mais estabilizada", declarou a secretária de Estado da Administração Interna, Patrícia Gaspar.

Falando aos jornalistas portugueses em Bruxelas, no final de um Conselho extraordinário dos Assuntos Internos da União Europeia, a responsável acrescentou existir "um plano desenvolvido em 2018, um plano específico para intervenção nos Açores em caso de sismo, que permite mobilizar uma série de meios, quer na área da saúde, quer na área da busca e resgate em estruturas colapsadas, até apoio à decisão".

"Tudo o que for necessário, na prática pode ser mobilizado através deste plano", acrescentou.

"Estamos a monitorizar a situação e caso haja necessidade e caso o serviço regional de Proteção Civil dos Açores faça esse pedido, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil rapidamente, em articulação com os restantes agentes, pode compor uma capacidade e uma força operacional conjunta, o que for necessário, para se deslocar à ilha de São Jorge e prestar todo o auxílio que seja preciso", referiu Patrícia Gaspar.

Ainda assim, salvaguardou: "Esperemos que assim não seja".

Patrícia Gaspar está em Bruxelas um dia depois de se ter deslocado à ilha de São Jorge para uma reunião com o Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA), organismo que hoje indicou ter registado cinco sismos sentidos pela população nas últimas horas em São Jorge, onde a atividade sísmica "continua acima do normal".

A ilha de São Jorge contabilizou mais de 14 mil sismos, cerca de 200 dos quais sentidos pela população, desde o início da crise sísmica a 19 de março, segundo os dados oficiais mais recentes.

O número de sismos registados é mais do dobro do total contabilizado em toda a região autónoma dos Açores durante o ano 2021.

Cerca de 2.500 pessoas já saíram do concelho das Velas, centro da crise sísmica, das quais 1.500 por via aérea e marítima, e as restantes para o concelho vizinho da Calheta, considerado mais seguro pelos especialistas.

A ilha está com o nível de alerta vulcânico V4 (ameaça de erupção) de um total de sete, em que V0 significa "estado de repouso" e V6 "erupção em curso".

 

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