Escola das Velas recebe apenas 11 alunos e vai acolher serviços de saúde
A Escola Básica e Secundária das Velas, na ilha açoriana de São Jorge, onde se regista uma crise sismovulcânica, recebeu hoje apenas 11 dos seus 485 alunos e vai acolher serviços de saúde do concelho.
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País Açores
A Escola Básica e Secundária das Velas, na ilha açoriana de São Jorge, onde se regista uma crise sismovulcânica, recebeu hoje apenas 11 dos seus 485 alunos e vai acolher serviços de saúde do concelho.
"Num universo de 485 alunos [desde o primeiro ciclo até ao 12.º ano], neste momento estamos com 11 alunos", adiantou o presidente do conselho executivo da escola situada no centro da vila de Velas, um edifício recente inaugurado em 2015.
Segundo Vítor Bernardes, durante a semana após o início da crise sísmica, que começou em 19 de março, apenas cerca de metade dos alunos foi à escola e, por isso, "foi decidido pela tutela suspender a componente letiva".
Apesar de não haver aulas, a básica e secundária das Velas continua aberta para receber os alunos, caso os pais assim o entendam, um "serviço público que prestamos à comunidade", salientou o presidente do conselho executivo.
Para já não há uma data para a retoma da componente letiva, disse Vítor Bernardes, para quem "a grande preocupação" prende-se com os cerca de 60 alunos do 11.º e 12.º anos que têm exames nacionais de acesso ao ensino superior.
Funcionários da Escola Básica e Secundária das Velas estavam hoje a preparar vários espaços para receber o serviço de urgência e consultas programadas do Centro de Saúde das Velas, cujo edifício antigo está a atualmente em obras.
Essa deslocação de serviços deverá estar concluída entre hoje e quarta-feira, adiantou o presidente da Unidade de Saúde de Ilha, Francisco Fonseca, ao salientar que o serviço de urgência vai manter-se em funcionamento 24 horas por dia, mas agora na escola.
Na última semana, a ilha de São Jorge recebeu um reforço do Hospital de Ponta Delgada e da Unidade de Saúde de Ilha de São Miguel de quatro médicos, cinco enfermeiros e um psicólogo, profissionais de saúde com experiência em catástrofes.
A ilha de São Jorge contabilizou mais de 14 mil sismos, mais de 200 dos quais sentidos pela população, desde o início da crise sísmica em 19 de março, segundo os dados oficiais.
O número de sismos registados é mais do dobro do total contabilizado em toda a Região Autónoma dos Açores durante o ano de 2021.
A ilha está com o nível de alerta vulcânico V4 (ameaça de erupção) de um total de sete, em que V0 significa "estado de repouso" e V6 "erupção em curso".
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