O capelão da Marinha, Licínio Luís, está envolvido em polémica, depois de utilizar as redes sociais para atacar o almirante Henrique Gouveia e Melo, Chefe do Estado-Maior da Armada, ao comentar o caso das agressões que levaram à morte do agente da PSP Fábio Guerra.
Numa publicação divulgada no Facebook, que entretanto foi eliminada daquela rede social, Licínio Luís escreveu que os fuzileiros envolvidos no caso “estavam a divertir-se e foram provocados”.
“Um deles é campeão nacional de boxe, no seu escalão, foi atingido a falsa fé e reagiu”, escreveu, pedindo a Gouveia e Melo, que criticou duramente os fuzileiros envolvidos no homicídio, a aguardar pelas investigações.
“Quem não o fazia. É selvagem por isso? O senhor Almirante nunca foi para a noite? Nunca bebeu uns copos? Juízo com os nossos julgamentos. Aguardemos pelas investigações. Os nossos jovens têm direito a serem respeitados. Os jovens da PSP estavam no mesmo âmbito e alcoolicamente tão bem dispostos como os nossos. Juízo com os nossos julgamentos”, acrescentou.
Segundo noticia o Expresso, a publicação em questão levou a que o capelão fosse chamado a reunir com Gouveia e Melo, a quem pediu desculpa. O mesmo jornal escreve ainda que a Marinha chegou a analisar a sua exoneração.
Recorde-se que em causa estão as agressões junto a uma discoteca em Lisboa, no dia 19 de março, nas quais estiveram envolvidos fuzileiros e agentes da PSP, tendo um deles acabado por não resistir aos ferimentos.
Gouveia e Melo disse, num discurso, na semana passada, que estes acontecimentos “mancharam” a farda da Marinha.
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