O ministério dos Negócios Estrangeiros anunciou, esta terça-feira, que dez funcionários russos da missão diplomática em Portugal foram declarados 'persona non grata', por considerar que as suas atividades "são contrárias à segurança nacional".
Em comunicado, o Governo acrescenta que "nenhum destes dez elementos é diplomata de carreira", não especificando o papel destes cidadãos.
Os dez cidadãos de nacionalidade russa têm duas semanas para abandonar o país.
A decisão do Governo português surge depois de, na segunda-feira, França e Alemanha terem tomado decisões semelhantes.
O governo francês expulsou 35 funcionários diplomáticos, num comunicado em que afirmou que "esta medida [expulsar o pessoal diplomático] faz parte de uma iniciativa europeia".
Horas antes, a Alemanha declarou 40 diplomatas da embaixada de Berlim 'persona non grata', com a ministra dos Negócios Estrangeiros, Annalena Baerbock, a declarar que os diplomatas "trabalham dia a dia contra a nossa liberdade e contra a nossa coesão social".
A justificação dos dois governos foi o massacre de Bucha, cujas imagens terríveis de corpos nas ruas e valas comuns foram condenadas por líderes mundiais, assinalando a brutalidade da retirada das tropas russas na região.
O Kremlin continua a negar quaisquer responsabilidades, reafirmando esta terça-feira no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) que as imagens foram fabricadas pelos ucranianos e o massacre encenado, em mais uma "provocação" contra a Rússia.
[Notícia atualizada às 18h25]
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