"Projeta-se para 2030 uma taxa de mortalidade padronizada geral de 889,2 óbitos por 100.000 habitantes, 706,6 por 100.000 no sexo feminino e 1.133,0 por 100.000 no sexo masculino", refere o documento que foi coordenado pela diretora-geral da Saúde e que tem, pela primeira vez, um horizonte a dez anos.
No que respeita à mortalidade prematura (abaixo dos 75 anos) por todas as causas de morte, o documento estima para 2030 uma taxa de mortalidade de 315 óbitos, sendo de 196,4 para as mulheres e de 458 para os homens.
"Como eventos externos de potencial impacte na mortalidade, realçamos a crise financeira em Portugal entre 2010 e 2014, que poderá ter impacte negativo direto na mortalidade, ou impacte indireto, mais tardio, através do agravamento de determinantes de risco, incluindo os relacionados com a prestação de cuidados de saúde, e a pandemia de covid-19, cujo impacte direto e indireto a médio e longo prazo não é, ainda, possível de estimar em toda a sua plenitude", adianta o PNS.
Relativamente à tuberculose, que tem "diminuído sistematicamente em Portugal", o documento prevê para 2030 uma taxa de incidência de 12,1 casos por 100.000 habitantes, enquanto para o VIH (vírus de imunodeficiência humana) está estimada uma taxa de incidência de infeção de 5,7 por 100.000 habitantes.
Do total de óbitos projetados para 2030, o PNS estima que 15,27% sejam atribuíveis à hipertensão arterial sistólica, 13,84% a erros alimentares, 12,42% ao consumo de álcool e outras substâncias psicoativas, 11,99% ao excesso de peso e obesidade e 11,07% ao tabagismo.
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