A cerimónia de despedida está marcada para as 06h30 da manhã no aeroporto de Figo Maduro, em Lisboa, e contará com a presença do Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas, Marcelo Rebelo de Sousa.
Vão estar ainda presentes a ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, almirante António Silva Ribeiro, bem como os chefes militares dos três ramos: general Nunes da Fonseca (Exército), almirante Gouveia e Melo (Armada) e general Cartaxo Alves (Força Aérea).
Segundo o programa divulgado, depois da cerimónia de despedida, a partida da aeronave está prevista para as 07h50.
De acordo com uma nota divulgada hoje pelo Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA), esta força é constituída por um total de 222 militares. É composta por uma companhia de atiradores (reforçada com um módulo de defesa antiaérea, um módulo de conjunto de informações e um módulo de apoio) e uma equipa de operações especiais.
O contingente parte para a Roménia -- país fronteiriço com a Ucrânia - ao abrigo da missão 'Tailored Forward Presence' da NATO que visa contribuir "para a dissuasão e defesa da Aliança no seu flanco sudeste".
O plano das Forças Nacionais Destacadas para 2022 já previa o envio para a Roménia de um contingente de militares no segundo semestre do ano, tal como aconteceu em 2021, contudo, este calendário foi antecipado, no contexto de conflito entre a Ucrânia e a Rússia.
De acordo com o EMGFA, esta força "irá participar em exercícios e atividades de treino com unidades congéneres, no sentido de, num contexto de aprofundamento dos laços da Aliança Atlântica e do incremento da capacidade de dissuasão e defesa desta organização face aos recentes acontecimentos do Leste da Europa, ser testada a interoperabilidade das forças num contexto multinacional".
Em 22 de março, no Campo Militar de Santa Margarida, em Constância (Santarém) no final de uma demonstração tática da Companhia do Exército que vai partir agora para a Roménia, o primeiro-ministro reiterou que os militares portugueses não vão atuar na Ucrânia.
"Perante a atual agressão da Rússia à Ucrânia, a NATO entendeu reforçar a sua presença na frente Leste e criar novos grupos de combate, designadamente na Roménia, e Portugal vai como sempre responder presente àquilo que nos é solicitado, que é empenhar os nossos meios, as nossas forças, na capacidade de reforçar a dissuasão para defender a paz no território da NATO", vincou António Costa.
No dia da invasão da Ucrânia pela Rússia, em 24 de fevereiro, o Conselho Superior de Defesa Nacional reuniu de urgência e deu parecer favorável, por unanimidade, a propostas do Governo para a eventual participação de meios militares portugueses em forças de prontidão da NATO e previa a antecipação do envio de militares portugueses para a Roménia.
A Federação Russa lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia com invasão por forças terrestres e bombardeamentos.
A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou em 02 de março uma resolução que condena a agressão russa contra a Ucrânia e apela a um cessar-fogo efetivo e imediato, com 141 votos a favor, incluindo de Portugal, 5 votos contra e 35 abstenções.
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