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É oficial: Eduardo Cabrita constituído arguido por atropelamento na A6

Cabrita junta-se, assim, ao motorista que conduzia o carro e ao chefe de segurança, sendo o terceiro arguido no caso.

É oficial: Eduardo Cabrita constituído arguido por atropelamento na A6

O ex-ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, foi esta sexta-feira constituído arguido no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Évora, no caso do atropelamento mortal de um trabalhador na A6, em junho de 2021. A informação, já avançada na quinta-feira pelo Observador, foi hoje confirmada.

À entrada do DIAP de Évora, o antigo ministro limitou-se a revelar aos jornalistas que iria "prestar declarações", segundo indica a CNN Portugal.

Cabrita junta-se, assim, ao motorista que conduzia o carro e ao chefe de segurança, sendo o terceiro arguido no caso. O socialista deverá também ser acusado de autoria paralela e de homicídio por negligência.

A 18 de junho do ano passado, a viatura do ministro seguia em comitiva, na A6, com outros dois veículos, quando atropelou mortalmente Nuno Santos, um dos trabalhadores que efetuavam obras de manutenção da via, ao quilómetro 77, no sentido Caia/Marateca.

Como Cabrita gozava de imunidade parlamentar enquanto deputado, já depois de ter abandonado o cargo de ministro, e se aproximavam as eleições, o Ministério Público aceitou esperar pela mudança de Governo para oficializar a acusação. No entanto, devido à repetição das eleições na Europa e o atraso na tomada de posse do novo Executivo, a imunidade parlamentar de Cabrita acabou por ser só levantada no final de março.

Recorde-se que o MP decidiu reabrir o processo em janeiro, considerando que se deveria "apreciar a eventual responsabilidade na ocorrência de outras pessoas", além do condutor do veículo, acusado de um crime de homicídio por negligência e de duas contraordenações.

Na altura, o comunicado do DIAP de Évora justificou que "o arguido conduzia, naquela ocasião e lugar, veículo automóvel em violação das regras de velocidade e circulação previstas no Código da Estrada e com inobservância das precauções exigidas pela prudência e cuidados impostos por aquelas regras de condução". A sua conduta esteve, assim, na origem das "lesões" que "determinaram a morte" de Nuno Santos.

[Notícia atualizada às 12h12]

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