O acordo de parceria para o projeto AML Alimenta foi aprovado na reunião do conselho Metropolitano de Lisboa, realizada na quinta-feira.
Segundo o secretário metropolitano Filipe Ferreira, o projeto AML Alimenta tem como objetivo fomentar a alimentação sustentável, a promoção da dieta mediterrânica e a diminuição do desperdício alimentar, envolvendo, numa primeira fase, agentes económicos e institucionais e, numa segunda fase, uma campanha que pretende atingir os 2,8 milhões de habitantes da área metropolitana.
Será criado um grupo de trabalho metropolitano que realizará fóruns para sensibilizar quem trabalha na área, como autarquias, produtores e empresas da área da distribuição.
Na fase seguinte será criada uma campanha de 'marketing' e comunicação alargada, direcionada ao público em geral, que abordará "as questões da produção local e da sustentabilidade da produção, a área da diminuição do desperdício alimentar e a sustentabilidade do consumo".
"Também iremos trabalhar muito a questão da promoção da dieta mediterrânica, porque em primeiro lugar é um regime alimentar milenar, segundo é um regime alimentar que é próprio do nosso território e até a nível nacional e, em terceiro lugar, porque é um regime alimentar que é saudável e sustentável", acrescentou Filipe Ferreira, em declarações à Lusa.
Neste momento, o projeto está já "numa fase operacional", mas espera a aprovação de uma candidatura de 250 mil euros apresentada à autoridade de gestão do Programa de Desenvolvimento Regional 2020.
"Esperamos em julho ter aprovação para arrancar. Estamos prontos para arrancar, porque este trabalho já está consensualizado entre nós e os atores da região", realçou.
Fazem parte do projeto a AML, a Direção Regional de Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo e duas associações de ação local, a A25 -- Associação para o Desenvolvimento Sustentável da Região Saloia (envolvendo os municípios de Mafra, Sintra e Vila Franca de Xira) e a ADREPES -- Associação de Desenvolvimento Regional da Península de Setúbal.
A AML, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) e o Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa estão envolvidos numa Rede de Parques Agro-Alimentares da área metropolitana, para trabalhar questões da transição alimentar e de planeamento territorial das questões da sustentabilidade, que inclui mais de 20 entidades, que vão desde a universidades a associações de produtores, Organizações Não-Governamentais, empresas, câmaras municipais e agências da administração central.
Filipe Ferreira destacou ainda que a candidatura e a rede "não são casuísticas", mas coincidem com os referenciais estratégicos elaborados ainda antes da pandemia de covid-19 para a região pela CCDR e pela AML e com o Plano Nacional de Alimentação Equilibrada.
A própria crise sanitária veio sublinhar a importância da sustentabilidade da alimentação e a relevância dos circuitos curtos e da produção local, acrescentou.
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