No discurso que assinalou os 14 anos de existência da UEP, Paulo Lucas sublinhou que a "ausência de investimento" é notória nas instalações do Corpo de Intervenção da Ajuda, em Lisboa, onde esta subunidade da Unidade Especial de Polícia da UEP está desde 1976.
"Esperamos que a nova lei de programação das infraestruturas e equipamentos das forças e serviços de segurança do Ministério da Administração Interna venha dar prioridade à UEP", disse o comandante da Unidade Especial de Polícia.
Como exemplo, referiu da necessidade de um projeto de construção para corpo operacional cinotécnico, um novo curso para admissão de novos elementos para o Corpo de Intervenção, aquisição de novas tecnologias e melhores equipamentos.
No final da cerimónia, o diretor nacional da PSP disse aos jornalistas que a lei de programação das infraestruturas e equipamentos está a ser trabalhada e as necessidades da UEP no que toca às instalações serão contempladas.
No entanto, Magina da Silva ressalvou que as necessidades da UEP vão entrar "por priorização como outras tantas prioridades para os outros comandantes e terá que ser a direção nacional em conjunto com o MAI a definir as prioridades".
A cerimónia comemorativa do 14.º aniversário da UEP foi presidida pelo ministro da Administração Interna, que no seu discurso afirmou que a nova lei de programação, para o período 2022/2026, vai permitir que a Unidade Especial de Polícia "continue a ser, naturalmente, uma das unidades a que será dada especial atenção no sentido de a dotar dos meios, equipamentos e viaturas específicas para a sua atividade".
José Luís Carneiro destacou o "esforço de rejuvenescimento" que está a ser feito nas forças de segurança, avançando que este ano a PSP vai receber "mais 948 polícias, atualmente em formação em Torres Novas" e este ano vão ser admitidos para um novo curso de formação de agentes mais mil elementos.
A UEP está vocacionada para operações de manutenção e restabelecimento da ordem pública, resolução e gestão de incidentes críticos, intervenção tática em situações de violência concertada e de elevada perigosidade, complexidade e risco, segurança de instalações sensíveis e de grandes eventos, segurança pessoal dos membros dos órgãos de soberania e de altas entidades, inativação de explosivos e segurança em subsolo e aprontamento e projeção de forças para missões internacionais.
A UEP é composta pelo Corpo de Intervenção, Grupo de Operações Especiais, Corpo de Segurança Pessoal, Centro de Inativação de Explosivos e Segurança em Subsolo e Grupo Operacional Cinotécnico.
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