Citado pelo comunicado sobre a reunião desta quinta-feira com a administração daquele hospital, Pedro Costa assinalou o "empenho" manifestado no "acompanhamento que está a ser efetuado aos profissionais de saúde" que "foram agredidos no Serviço de Urgência do Hospital de Famalicão".
"O Conselho de Administração (CA) tudo fez para que o processo fosse classificado como crime público e é nesse sentido que toda a investigação está a ser conduzida", explicou o presidente do SE.
Na madrugada de 22 de fevereiro, um segurança e dois enfermeiros foram agredidos por um grupo de cerca de dez pessoas que acompanhavam uma jovem ferida.
A administração, continua a nota de imprensa, disponibilizou-se para "assumir todas as despesas decorrentes das agressões, tanto as realizadas como as futuras".
"Foi ainda dada a possibilidade de os enfermeiros e demais profissionais envolvidos nesta situação mudarem de serviço, ou até mesmo de instituição, algo que os próprios recusaram prontamente", acrescentou Pedro Costa.
"Para reforçar a segurança na instituição, e em particular nos serviços de Urgência, foram instalados botões de pânico, reforçada a videovigilância, contratados mais seguranças privados e verificou-se ainda um reforço do policiamento de proximidade da PSP, sobretudo nos períodos noturnos", revelou o responsável, elogiando a postura da administração.
Na reunião, prossegue o comunicado, o SE recebeu também da CA a informação de que os enfermeiros do CHMA "devem ter a sua avaliação de desempenho homologada dentro de poucas semanas".
"É um sinal positivo e uma boa notícia que temos para dar aos nossos associados no Dia Internacional do Enfermeiro", salientou o dirigente sindical, reivindicando tratar-se de "um sinal positivo e que deveria ser seguido por outras administrações", invocando ser "um direito básico dos enfermeiros".
No encontro foi ainda "reafirmado o apoio da administração à pretensão do Sindicato dos Enfermeiros de acabar com as diferenças entre Contratos de Trabalho em Funções Públicas e Contratos Individuais de Trabalho", enfatiza o comunicado que cita o CA no assumir de "que a existência de duas tipologias de contrato, com benefícios e regras diferenciadas, não faz qualquer sentido nem representa ganhos para a instituição".
Segundo o SE, existem cerca de 450 enfermeiros nos quadros do CHMA, dividido entre as unidades de Santo Tirso e de Famalicão, estando a administração empenhada "em regularizar a situação contratual dos 37 enfermeiros (...) com contratos precários".
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