Em comunicado, a Porto Pride esclarece que, com o apoio da Variações -- Associação de Comércio e Turismo LGBTI+ de Portugal, vai hastear na terça-feira a bandeira arco-íris em frente à Câmara Municipal do Porto.
"O principal objetivo das mobilizações de 17 de maio é aumentar a consciencialização sobre a violência, discriminação e repressão de comunidades LGBTI+ em todo o mundo, o que, por sua vez, oferece a oportunidade de agir e dialogar com os legisladores, opinião pública e sociedade civil", refere.
A Porto Pride salienta ainda que por acreditar que "este pode ser um bom mote para alargar a discussão", optou por hastear a bandeira arco-íris do progresso, que para além das seis cores da tradicional bandeira, inclui faixas que representam as pessoas transexuais, pessoas de cor e pessoas intersexo.
"Esta será a primeira vez que a bandeira será hasteada na praça do município", destaca, dando nota de que o momento tem previstas as presenças do presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, do vereador da Educação, Fernando Paulo, do vereador socialista Tiago Barbosa Ribeiro e da vereadora da CDU, Ilda Figueiredo.
O executivo da Câmara do Porto aprovou hoje, por unanimidade, um voto de saudação ao Dia Nacional contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia, apresentado pelo Bloco de Esquerda (BE), partido que recomendou também, no início do mês, que a bandeira fosse hasteada "oficialmente" pelo município.
A recomendação, que acabou por não ser aprovada, levou Rui Moreira a afirmar que "o município não promove iniciativas", dando os exemplos do 1.º de maio ou o 25 de Abril, mas que as "apoia".
Para Sérgio Aires, a posição do município é "lamentável" e reflete um "não reconhecimento de que se trata de uma questão de direitos humanos".
No âmbito das celebrações do Dia Internacional contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia, também as juntas de freguesia do Bonfim e de Campanhã vão hastear a bandeira arco-íris pelas 10:00 e 12:00, respetivamente.
Depois do hastear da bandeira na Junta de Freguesia do Bonfim, está prevista uma deslocação até ao local onde Gisberta Salce Júnior, mulher transexual, imigrante e sem-abrigo foi assassinada em fevereiro de 2006.
Leia Também: LGBTI+. Estudo nacional é apresentado na próxima semana