Câmara de Lisboa hasteia bandeira arco-íris no Dia contra a Homofobia

A Câmara Municipal de Lisboa hasteou hoje a bandeira arco-íris, que representa o movimento LGBT, assinalando o Dia Internacional contra a Homofobia, Transfobia e a Bifobia, e afirmando que este é "um símbolo da liberdade".

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Lusa
17/05/2022 13:38 ‧ 17/05/2022 por Lusa

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LGBT

"Neste Dia Internacional contra a Homofobia, Transfobia e a Bifobia, Lisboa voltou a hastear a bandeira arco-íris nos Paços do Concelho. Um símbolo da liberdade, 'de ser quem somos', da luta por essa liberdade e da democracia", anunciou a Câmara Municipal de Lisboa, numa publicação na rede social 'Twitter', em que é identificado o presidente da autarquia, Carlos Moedas (PSD).

Na mesma publicação são partilhadas duas fotos que comprovam o momento do hastear da bandeira na varanda do edifício da Câmara de Lisboa, com a presença de Carlos Moedas e dos restantes eleitos da liderança PSD/CDS-PP, assim como dos vereadores das outras forças políticas que integram o executivo, nomeadamente PS, Livre, PCP, BE e independente do movimento Cidadão por Lisboa (eleita pela coligação PS/Livre).

O vereador do PS Pedro Anastácio foi um dos presentes, partilhando também a iniciativa no 'Twitter', em que refere que o hastear da bandeira LGBTQIA+ nos Paços do Concelho no Dia Internacional Contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia "é uma prática que se iniciou em 2016 e é já uma tradição da Câmara Municipal de Lisboa".

"Esperemos que no próximo ano seja possível reconhecer a luta das pessoas Trans, celebrando-a", concluiu o vereador do PS, numa alusão à decisão de hastear a bandeira Trans nos Paços do Concelho, que este ano ficou por cumprir.

Um dia antes do Dia Internacional da Visibilidade Trans, que se assinala em 31 de março, o executivo camarário aprovou um voto de saudação que determina o hastear da bandeira Trans nos Paços do Concelho nessa data de celebração, mas tal não foi cumprido este ano.

Esse voto de saudação ao Dia Internacional da Visibilidade Trans, apresentado pela vereadora independente do Cidadãos por Lisboa (eleita pela coligação PS/Livre), Paula Marques, e subscrito por PS, BE e Livre, foi aprovado com os votos contra dos eleitos pelo PSD/CDS-PP, à exceção de Filipa Roseta (PSD) que se absteve, e os votos a favor dos restantes membros do executivo.

Na votação em reunião pública, em 30 de março, o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), justificou o voto contra o hastear a bandeira Trans com a necessidade de uma discussão sobre os critérios de escolha das bandeiras das diferentes causas que devem ser hasteadas nos Paços do Concelho, ressalvando que estará sempre ao lado da defesa dos direitos humanos e da diversidade.

Sobre o incumprimento da decisão aprovada por maioria de hastear da bandeira Trans no dia 31 de março, nesse mesmo dia o gabinete de Carlos Moedas optou por não prestar qualquer esclarecimento.

Apesar de a Câmara de Lisboa ter falhado o hastear da bandeira Trans nos Paços do Concelho, os vereadores proponentes do voto de saudação, nomeadamente independente do Cidadãos por Lisboa, PS, Livre e BE, decidiram hasteá-la no edifício ao lado, onde estão os seus gabinetes, realçando que foi a primeira vez que se içou esta bandeira na Praça do Município de Lisboa.

Leia Também: Direitos LGBTIQ+. Costa promete "políticas públicas" anti-discriminação

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