Expulsão de diplomatas. Costa diz que "Portugal agiu como devia agir"

Embora se tenha procedido à expulsão de dez diplomatas russos que desempenhavam funções incompatíveis com o seu estatuto, o primeiro-ministro reforçou que Portugal "não cortou relações com a Rússia, nem a Rússia com Portugal".

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Beatriz Maio
19/05/2022 15:23 ‧ 19/05/2022 por Beatriz Maio

País

Rússia/Ucrânia

O primeiro-ministro, António Costa, está esta quinta-feira no Caracal, na Roménia, onde se reuniu com o contingente militar português e comentou a retaliação da Rússia em relação à expulsão de diplomatas da embaixada russa em Lisboa.

Embora o Ministério dos Negócios Estrangeiros tenha emitido um comunicado de esclarecimento, o primeiro-ministro reiterou que havia "dez diplomatas russos que desempenhavam funções incompatíveis com o seu estatuto diplomático que nós expulsamos em devido tempo".

O chefe de Estado comentou que "hoje a Rússia entendeu que devia retaliar, sem motivo", sublinhando que "a única coisa relevante é que Portugal agiu como devia agir relativamente a dez pessoas que estavam em Lisboa acreditadas como diplomatas e desenvolviam outras atividades que não eram atividades diplomáticas".

"A Rússia entendeu retaliar. Foi uma opção da Rússia", frisou, explicando que os canais diplomáticos continuarão abertos, visto que, nas suas palavras, "não cortamos relações com a Rússia, nem a Rússia com Portugal".

O primeiro-ministro esclareceu assim que "os canais diplomáticos devem-se desenvolver através de diplomatas e é por isso que procedemos à expulsão atempada de dez pessoas que estavam colocadas em Portugal com esse estatuto e que não exerciam essas funções".

Portugal junta-se a um leque de países cujos diplomatas foram expulsos da Rússia. Entre estes estão França, Espanha e Itália que, na quarta-feira, foram notificados da expulsão de 34, 27 e 24 dos seus embaixadores em missão naquele país, respetivamente.

Recorde-se que o Ministério dos Negócios Estrangeiros português declarou, em abril, 10 funcionários russos como 'persona non grata', por considerar que as suas atividades eram "contrárias à segurança nacional". 

A Rússia prometeu, ainda naquele mês, responder à vaga de expulsões dos seus diplomatas de países da União Europeia (UE), tendo o presidente russo, Vladimir Putin, assinado um decreto para restringir a concessão de vistos para países da UE e para a Noruega, Suíça, Islândia e Liechtenstein, devido às suas "ações hostis" contra Moscovo.

Leia Também: Costa visita hoje tropas na Roménia antes das etapas de Varsóvia e Kyiv

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