Com o verão à porta, aumentam os dias de praia e os banhos no mar e com eles a possibilidade de avistar alforrecas. Mas sabe o que fazer no caso de ser picado?
A Câmara Municipal de Cascais decidiu partilhar alguns conselhos com os cidadãos caso esta situação ocorra e explica que a primeira coisa a fazer é “não entrar em pânico”.
“As alforrecas possuem tentáculos à superfície que, após contacto, têm a capacidade de lhe injetar uma espécie de espinho, o nematocisto, que liberta uma substância tóxica no local da picada”, explica a autarquia.
Assim, “com cuidado”, deve lavar a zona afetada com água do mar, “sem esfregar”, e remover os “tentáculos que poderão ainda permanecer na pele, com a ajuda de uma pinça”.
Caso seja picado por uma alforreca deve aplicar compressas de gelo e bicarbonato de sódio misturado com água do mar.
Há ainda a possibilidade de ser picado por uma caravela-portuguesa, que não é uma alforreca. Neste caso, a autarquia explica que deve antes aplicar vinagre e compressas de água quentes e consultar “rapidamente” assistência médica.
Para as restantes espécies da nossa costa devem ser aplicadas compressas de gelo, além de “bicarbonato de sódio misturado em partes iguais com água do mar”.
A autarquia recorda que alforrecas, medusas ou mães d’água existem possivelmente há mais de 650 milhões de anos, sendo o “mais antigo grupo de animais complexos”.
“Das espécies que aparecem em Portugal a mais perigosa é provavelmente a Pelagia noctiluca (água-viva), caracterizada por se tornar luminescente quando se sente ameaçada e que ocorre principalmente nos arquipélagos dos Açores e Madeira e ocasionalmente no Algarve e a Physalia physalis (caravela-portuguesa), que apesar das parecenças não é uma alforreca”, destaca.
Caso tenha visto uma alforreca, a Câmara de Cascais convida-o a participar na monitorização do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
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