Açores reduzem lista de espera cirúrgica em abril para 10.206 utentes
Os Açores diminuíram a lista de espera cirúrgica em abril, registando 10.206 utentes em espera, menos 1,6% do que em março e menos 11,7% do que no período homólogo, revela um relatório da Direção Regional da Saúde.
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País Saúde
"Em abril de 2022, aguardavam em LIC [lista de inscritos para cirurgia] um total de 10.206 utentes, o que corresponde a uma diminuição de 1,6% (menos 163 utentes), face ao mês anterior", lê-se no boletim informativo mensal de abril da Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia dos Açores, consultado hoje pela Lusa e disponível na página da internet da Direção Regional da Saúde.
A redução ocorre pelo segundo mês consecutivo, tendo-se verificado uma descida de 2,1% no mês anterior.
Comparando com os dados do relatório de abril de 2021, altura em que aguardavam por cirurgia 11.561 utentes, houve um decréscimo de 11,7%, equivalente a 1.355 utentes.
Dos três hospitais da região, apenas o Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira (HSEIT) registou um incremento da lista de espera, no espaço de um mês, tendo mais 44 utentes inscritos (2%), num total de 2.224.
O Hospital do Divino Espírito Santo (HDES) de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, o maior da região, concentrava em abril o maior número de doentes em espera dos três hospitais da Região (6.947), tendo registado uma diminuição de 174 doentes (2,4%).
Já o Hospital da Horta (HH), na ilha do Faial, contabilizou 1.035 doentes inscritos, menos 33 do que em março (3,1%).
Em comparação com o período homólogo, só o hospital de Ponta Delgada conseguiu reduzir a lista de espera cirúrgica, com menos 1.441 utentes inscritos (17,2%).
No HSEIT verificou-se um aumento de 37 utentes em espera (1,7%) e no HH de 49 utentes (5%).
O número de propostas cirúrgicas em espera nos três hospitais da região registou, igualmente, uma quebra no mês de abril, contabilizando-se no total 11.539, menos 199 (1,7%) do que em março.
O HDES, com 7.852 propostas em espera, registou uma descida de 2,4%, enquanto o HH baixou 2,7% para 1.098 propostas.
O Hospital da Ilha Terceira, por sua vez, aumentou o número de propostas em espera para 2.589 (1,1%).
O tempo médio de espera por uma cirurgia nos Açores diminuiu seis dias em abril, fixando-se nos 449 dias (cerca de um ano e três meses).
O HDES é o hospital onde mais tempo se espera, em média, por uma cirurgia na região (509 dias), tendo registado uma descida de nove dias.
No Hospital da Ilha Terceira, o tempo médio de espera diminuiu dois dias para 338 e no Hospital da Horta aumentou nove dias para 279.
Os três hospitais dos Açores apresentaram um tempo médio de espera acima dos tempos máximos de resposta garantidos regulamentados, que preveem que uma cirurgia com prioridade normal seja realizada no máximo em 270 dias.
Menos de metade das cirurgias realizadas na região em abril cumpriu o tempo máximo de resposta garantido (46,5%), o que representou uma redução face ao mês de março (48,4%).
O Hospital do Divino Espírito Santo aumentou a percentagem de cirurgias dentro do TMRG de 30,4 para 34,6%, mas continuou a apresentar os valores mais baixos da região.
No HSEIT o número de cirurgias realizadas dentro do TMRG baixou para 60,5% (menos 6,3 pontos percentuais) e no HH baixou para 68,7% (menos 4,8 pontos percentuais).
A produção cirúrgica no Serviço Regional de Saúde dos Açores registou uma quebra de 17,8% em abril, tendo sido realizadas 917 cirurgias (menos 199 do que em março).
A descida ocorreu nos três hospitais, sendo a mais acentuada no HSEIT, que operou 243 utentes, menos 112 (31,5%) do que em março.
No Hospital de Ponta Delgada, foram realizadas 540 cirurgias, menos 55 (9,2%) do que no mês anterior, e no Hospital da Horta 134 cirurgias, menos 32 (19,3%).
Em abril, entraram menos 150 (13,7%) propostas cirúrgicas nos hospitais açorianos, num total de 945.
O HDES contabilizou 478 novas propostas (menos 17,6%) e o HH 145 (menos 25,3%), enquanto o Hospital da Ilha Terceira verificou um ligeiro aumento (0,3%), com 322 propostas.
Já o número de cancelamentos de cirurgias diminuiu 24,9%, tendo ocorrido 263 no total (167 no HDES, 56 no HSEIT e 40 no HH).
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