A Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, "lamentou profundamente", esta segunda-feira, a "morte prematura de Raquel Seruca", que faleceu esta segunda-feira, aos 59 anos.
Numa nota enviada às redações, pelo Gabinete da ministra, é recordado que Raquel Seruca se distinguiu, "nacional e internacionalmente", na "área da genética do cancro gástrico, tendo sido considerada especialista mundial em invasão das células cancerígenas, em particular no cancro gástrico e no cancro do cólon".
E mais: "Enquanto investigadora do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S) da Universidade do Porto, criou, com a sua equipa do i3S, um método de diagnóstico para analisar a probabilidade de um paciente desenvolver cancro gástrico hereditário".
"Além de investigadora do i3S, era, atualmente, vice-diretora do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular (Ipatimup) e docente de Patologia na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto", é ainda salientado no mesmo comunicado.
Raquel Seruca "foi distinguida por duas vezes com o prémio Labmed e o prémio Benjamim Castelman USCAP e "recebeu ainda a insígnia de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique pela investigação na área do cancro do estômago, a Medalha de Ouro de Mérito Científico atribuída pela Câmara Municipal do Porto e recebeu o Prémio Activa Mulheres Inspiradoras de Ciência 2021 pela coordenação da candidatura do i3S, no âmbito do consórcio Porto Comprehensive Cancer Centre, aos fundos do Norte 2020".
A investigadora "deixa mais de 260 artigos científicos publicados nas mais importantes revistas científicas".
Raquel Seruca obteve a licenciatura em Medicina em 1986 e o doutoramento em 1995, na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, e realizou um pós-doutoramento na Universidade de Groningen, Países Baixos, em 1998.
O funeral realiza-se na terça-feira, às 15h00, na Igreja de Cedofeita.
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