Oceanos. "É importante que de Lisboa saiam ações drásticas", diz Costa

O primeiro-ministro, António Costa, reuniu-se, esta segunda-feira, com o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e defendeu que a conferência de Lisboa, que vai decorrer até sexta-feira, deve definir "ações drásticas" para enfrentar a emergência oceânica.

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© António Costa/ Twitter

Lusa
27/06/2022 23:41 ‧ 27/06/2022 por Lusa

País

Conferência dos Oceanos

Esta posição foi transmitida por António Costa na rede social Twitter, depois de ao final da tarde de hoje se ter reunido com o antigo chefe do Governo português (1995/2002) e atual secretário-geral das Nações Unidas no Altice Arena, em Lisboa, onde decorre a 2.ª Conferência dos Oceanos da Organização das Nações Unidas (ONU), coorganizada por Portugal e pelo Quénia.

"No encontro com o secretário-geral das Nações Unidas reafirmei o compromisso de Portugal com a ONU e com a agenda dos Oceanos. Temos de responder ao repto do secretário-geral. É importante que de Lisboa saiam ações drásticas para enfrentar a emergência oceânica", escreveu António Costa.

Na sessão de abertura da conferência, António Guterres defendeu que "o mar tem de se tornar um modelo da forma como se gerem os problemas globais", o que "significa evitar e reduzir a poluição de todos os tipos".

Além disso, segundo o secretário-geral das Nações Unidas, há que proteger "as pessoas cujas vidas dependem do mar do impacto das alterações climáticas", apostando-se em "novas infraestruturas costeiras que sejam resilientes ao clima".

Acrescentou que o setor dos transportes marítimos deve comprometer-se no sentido de baixar as emissões de carbono para zero "até 2050".

O líder das Nações Unidas assumiu também o objetivo de mapear 80% do fundo do mar até 2030.

"E encorajo o setor privado a juntar-se a alianças que pratiquem uma gestão sustentável e a investigação dos oceanos", propôs António Guterres.

Já o primeiro-ministro assumiu os compromissos de classificar 30% das áreas marinhas nacionais até 2030 e Portugal possuir a totalidade dos seus stocks de pesca nacional dentro dos limites biológicos sustentáveis.

Na perspetiva de António Costa, com a mesma ambição com que se procurou chegar à Lua ou a Marte, é agora "tempo de descer à Terra, o planeta que é azul, porque é o planeta dos oceanos, o nosso planeta".

"Espero que, mais uma vez, Lisboa seja um marco no reencontro da humanidade com os oceanos", acrescentou.

Antes desta reunião com António Guterres, que durou cerca de uma hora, o primeiro-ministro português teve também um encontro com o seu homólogo norueguês, Jonas Gahr Støre, no âmbito da 2ª Conferência dos Oceanos.

[Notícia atualizada às 00h11]

Leia Também: Oceanos: Marcelo faz balanço positivo do primeiro dia

 

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