"É um país que vai ter eleições e uma preocupação é naturalmente - como com todos os Estados, nomeadamente da CPLP - que estas eleições (...) possam decorrer num contexto que é um contexto próprio dos valores da CPLP e são valores que nós temos afirmado sistematicamente com todos os Estados sem exceção", disse Marcelo Rebelo de Sousa no final de uma série de encontros bilaterais no Palácio de Belém, nomeadamente com o Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló.
O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, marcou eleições legislativas antecipadas para 18 de dezembro, depois de ter dissolvido, em maio, o parlamento guineense.
Na sequência da dissolução do parlamento, o chefe de Estado formou um Governo de iniciativa presidencial, com o principal objetivo de organizar o escrutínio.
Organizações de defesa dos direitos humanos, como a Amnistia Internacional, têm manifestado preocupação com a situação que se vive atualmente na Guiné-Bissau, apelando a Portugal e a outros países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa [CPLP] que intervenham junto de Bissau para que os direitos humanos sejam protegidos no país.
A Guiné-Bissau é um dos países mais pobres do mundo, com cerca de dois terços dos 1,8 milhões de habitantes a viverem com menos de um dólar por dia, segundo a ONU.
Desde a declaração unilateral da sua independência de Portugal, em 1973, sofreu quatro golpes de Estado e várias outras tentativas que afearam o desenvolvimento do país.
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