Em resposta aos jornalistas, em São Paulo, onde hoje se reuniu com o anterior Presidente do Brasil, Michel Temer, e no sábado com o antigo chefe de Estado brasileiro Lula da Silva, Marcelo Rebelo de Sousa disse que foram encontros "muito interessantes" e permitiram "medir a temperatura" da situação do Brasil.
"E a temperatura está assim: o Brasil está, de facto, imparável do ponto de vista de juventude, do ponto de vista cultural, imparável. Do ponto de vista económico, há uma esperança, embora preocupada com a inflação, com a conjuntura internacional, com o que se passa no mundo, mas há uma esperança. É um país de esperança", acrescentou.
Marcelo Rebelo de Sousa, que hoje também estará com o antigo chefe de Estado do Brasil Fernando Henrique Cardoso, defendeu que estes encontros "são muito importantes para ver como é que pode ser a confluência do Brasil com Portugal na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), no mundo ibero-americano, mas sobretudo como é que se reage à situação da guerra, dos efeitos da guerra" na Ucrânia.
O Presidente da República qualificou a invasão russa da Ucrânia como uma "guerra global", que "deixa marcas" não apenas na Europa, tem efeitos "de um lado e do outro do Atlântico e nas relações e no posicionamento comum dos países no futuro".
A guerra "não está muito longe, porque a economia faz estar tudo perto, e o preço na economia e nas relações internacionais vai estar perto", reforçou, advertindo que os seus efeitos podem ser duradouros e "muito significativos".
"Vamos ter de enfrentar um período difícil. Estamos enfrentando e vamos enfrentar um problema difícil, inflação é uma questão difícil", concluiu.
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