Há duas manifestações oficialmente autorizadas em Lisboa para receber a chanceler alemã, Angela Merkel, que vem hoje a Lisboa para uma visita de seis horas. Uma das manifestações é organizada pela CGTP e a outra pelo movimento 'Que se lixe a troika', a que vão aderir outras estruturas que também têm organizado protestos contra a austeridade nos últimos meses. A polícia admite, contudo, que possam realizar-se outros protestos não autorizados em Lisboa.
A manifestação organizada pela CGTP começa às 15h00 no Lardo do Carmo, seguindo para a residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento, e a intersindical também promove concentrações, durante a tarde em Braga, Porto, Faro e na Madeira.
Já os signatários do movimento 'Que se lixe a 'troika'' vão organizar uma manifestação com o lema 'A Merkel Não Manda Aqui', uma concentração prevista para o Largo do Calvário, com destino aos jardins de Belém, onde os manifestantes querem estar quando a chanceler alemã chegar ao Palácio de Belém, pelas 12h30.
A chanceler alemã já aterrou em Lisboa, pelas 11h44, no aeroporto militar de Figo Maduro, e a sua visita vai decorrer envolta em apertadas medidas de segurança. Estão convocados 500 efectivos policiais para a operação e haverá snipers nos principais pontos da capital. De acordo com a RTP, o secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, Carlos Moedas, foi o membro escolhido do Governo para dar as boas-vindas à chanceler alemã.
A visita de Merkel a Portugal também não está a passar ao lado da imprensa estrangeira. O Financial Times, por exemplo, escreve hoje que "Merkel chega a Lisboa num momento crítico, antes da aprovação final do orçamento mais duro da história recente do País e dois dias antes de uma greve geral de 24 horas, que é a segunda este ano contra as medidas de austeridade".
“Vários protestos contra a sua visita estão programados e a polícia já apertou a segurança para aquilo que os media portugueses descrevem como níveis exagerados de segurança”, indica o FT.
Contudo, “a líder alemã não deve enfrentar o mesmo nível de protestos violentos e insultos de que foi alvo durante a sua recente visita à Grécia”, antecipa o FT.
