O incêndio que lavra em Ourém, distrito de Santarém, provocou, na noite desta quinta-feira, três feridos ligeiros e afetou uma habitação e um anexo de uma casa. Dos feridos, dois eram bombeiros, um com sinais de exaustão e outro com queimaduras que foi assistido no local e voltou ao combate, e a terceira vítima é uma civil.
De acordo com o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Santarém, num ponto de situação prestado ao Notícias ao Minuto às 23h00, o fogo mantém-se ativo, embora lavre com menor intensidade.
No local encontram-se cerca de 400 bombeiros, apoiados por 109 veículos, duas Ambulâncias de Suporte Imediato de Vida do INEM e uma máquina de rasto, estando ainda meios a ser mobilizados para o local segundo o comandante do Comando de Operações.
Os bombeiros estão focados na proteção das habitações, algumas das quais dispersas na freguesia da Cumeada, onde o fogo lavra, e de uma fábrica, a Micronipol, cujo o plástico é a matéria-prima.
O CDOS refere que a linha de fogo vai da Cumeada ao Casal da Sobreira, tendo-se propagado "muito rapidamente", indicou ao Notícias ao Minuto o comandante. "O incêndio mantém-se ativo numa zona de pinhal e agora ainda com projeções, mas com menos intensidade", aponta.
Tendo em conta as projeções - que chegavam aos 500 a 600 metros - a estrada municipal 502 foi cortada ao trânsito entre o Areeiro e a localidade de Abades (onde o fogo entrou), mas deverá "reabrir em breve".
Detalha ainda o CDOS que o balanço é de um rebentamento de uma botija de gás, por consequência do fogo e consequente incêndio na habitação em Abades, que não resultou em feridos ou danos avultados. "A botija estaria no exterior da casa", indica ao Notícias ao Minuto o comandante. Na Ramalheira, ardeu o anexo de uma habitação.
O trabalho que será realizado durante a noite será de proteção das aldeias e casas dispersas.
Refira-se que este é mais um incêndio a juntar-se ao rol de fogos que hoje deflagram no país, sendo o incêndio da Guarda e Sever do Vouga os que se destacam com maior número de meios.
Face às condições climatéricas adversas, de tempo quente e persistente, o risco de incêndio aumentou e assim permanecerá ao longo da próxima semana.
Por esse motivo, a Proteção Civil decidiu colocar o país em alerta especial até dia 15 de julho. Seis distritos estão, a partir das 00h00 de sexta-feira, dia 8 de julho, em alerta laranja. Os restantes 12 em alerta amarelo.
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