A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) admitiu que a situação expectável para a noite deste sábado não "deixa muita margem de manobra" para o combate aos fogos que, neste momento, afetam o país - que vive uma situação de perigo extremo de incêndios florestais.
Em conferência de imprensa, na sede do organismo, em Carnaxide, o comandante nacional André Fernandes confirmou que continuam a haver três incêndios a gerar maior preocupação, um em Ourém, outro em Carrazeda de Ansiães e um no Vale da Pia.
"A situação meteorológica expectável para a noite não nos deixa muita margem de manobra para aquilo que é a tal janela meteorológica expectável durante a noite", disse.
"Estamos a falar de uma noite com vento com alguma intensidade do quadrante leste, humidades relativas muito baixas e a temperatura mínima acima dos 25 graus, o que não vai facilitar o combate", acrescentou, apelando a que sejam tomadas medidas preventivas.
No mesmo 'briefing', o responsável admitiu ainda que o incêndio em Ourém, que afeta dois distritos - Santarém e Leiria - preocupa a Proteção Civil. "Este incêndio preocupa-nos até porque se dirige numa área com algum povoamento florestal denso, não tem acessos", notou.
Segundo André Fernandes, o país registou nas últimas 24 horas um total de 125 incêndios, pelo que já ultrapassou o recorde que tinha sido anunciado hoje ao meio dia, de 121 ocorrências.
O comandante destacou que "os dispositivos estão no terreno", com cerca de 13 mil operacionais, e agradeceu a "disponibilidade operacional dos corpos de bombeiros".
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