Governo avisa incendiários e assegura fiscalização "permanente"

MAI avisa que "comportamentos que atentem contra a legalidade e contra a segurança coletiva serão sancionados".

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Carmen Guilherme
14/07/2022 17:04 ‧ 14/07/2022 por Carmen Guilherme

País

Incêndios

O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, garantiu, esta quinta-feira, que há, neste momento um "sistema de vigilância muito eficaz" e que  todos os "comportamentos que atentem contra a legalidade e segurança coletiva serão sancionados".

Em declarações aos jornalistas, o governante começou por destacar, à semelhança dos últimos dias, que 70% das causas dos incêndios "têm que ver com intervenção humana", daí o "esforço que tem vindo a ser feito por parte do poder político" para sensibilizar os cidadãos. Contudo, há "13% das causas dos incêndios que têm que ver com dolo".

"No fundo, há um conjunto de incendiários que colocam em causa a nossa segurança coletiva", notou. 

Desta forma, José Luís Carneiro destaca as estruturas que estão a funcionar "eficazmente", como é o caso de um avião da Força Aérea que está a sobrevoar o país em articulação com a Guarda Nacional Republicana (GNR), para garantir uma "fiscalização eficaz" e "permanente", que permitiu hoje, por exemplo, deter dois incendiários em flagrante delito - na Trofa e em Setúbal.

"Hoje, fundamentalmente, queria transmitir-vos esta mensagem que há um sistema de fiscalização e vigilância, que utiliza meios tecnológicos e também meios humanos,  que permitem a cobertura de todo o território. E é também importante que todos tenham a consciência de que estes meio estão ativos, a operar, de dia e mesmo durante a noite, em todo o país, para garantir que comportamentos que atentem contra a legalidade e contra a segurança coletiva serão sancionados e estão a ser objeto de observação das autoridades", sublinhou. 

Questionado sobre a limpeza dos terrenos, uma questão abordada frequentemente nos últimos dias, o ministro destacou o trabalho que tem vindo a ser feito, nomeadamente pela GNR, em mais de 1.000 freguesias consideradas de risco. Depois deste trabalho de sensibilização e monitorização da GNR, entra-se na fase de notificação e, posteriormente, numa fase de contraordenações.

Este trabalho tem sido feito de forma "sistemática" desde 2017, mas José Luís Carneiro sublinhou que é preciso olhar para a "estrutura social do país" e condições económicas da população, uma vez que muitos destes terrenos são de pessoas idosas e às vezes "não há mesmo a quem recorrer para efeitos de limpeza". 

O governante acabou ainda por revelar que Espanha, "que tinha dois meios aéreos em Portugal", retomou esses meios, uma vez que também está a ser assolada por incêndios florestais.

O Governo falou ainda com Marrocos, "que tem muitos meios aéreos", mas que neste momento não tinha "disponibilidade" para ajudar Portugal.

"O país tem recursos, que são sempre finitos", completou.

[Notícia atualizada às 17h19]
 

Leia Também: Incendiários. "O quadro legal e penal que temos hoje é suficiente"

 

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