João Rendeiro tinha contas bancárias com 9,2 milhões na Suíça
Contas atribuídas a João Rendeiro, Paulo Guichard e Salvador Fezas Vital totalizavam 10,4 milhões de euros, avança a CNN Portugal. Antigo presidente do BPP foi encontrado morto em maio dentro da cela na prisão de Westville, em Durban.
© Global Imagens
País João Rendeiro
O ex-banqueiro João Rendeiro, de 69 anos, que foi encontrado morto em maio dentro da cela na prisão de Westville, em Durban, onde estava detido na África do Sul, teria milhões de euros em contas bancárias (congeladas) na Suíça, revela a CNN Portugal.
As diversas contas de três antigos administradores do Banco Privado Português (BPP) no país - atribuídas a João Rendeiro, Paulo Guichard e Salvador Fezas Vital - totalizam, noticia o canal, 10,4 milhões de euros. A maior 'fatia' - 9,2 milhões de euros - estaria em contas ligadas a Rendeiro.
Foram as autoridades da Suíça que enviaram os dados a Portugal, após estes terem sido pedidos por Carlos Alexandre em dezembro de 2010.
Recorde-se que o antigo presidente do BPP estava detido na África do Sul desde 11 de dezembro de 2021 a aguardar extradição, após três meses de fuga à justiça portuguesa para não cumprir pena em Portugal.
O ex-banqueiro foi condenado em três processos distintos relacionados com o colapso do BPP, tendo o tribunal dado como provado que retirou do banco 13,61 milhões de euros. Das três condenações, apenas uma transitou em julgado e não admitia mais recursos, com João Rendeiro a ter de cumprir uma pena de prisão efetiva de cinco anos e oito meses.
João Rendeiro foi ainda condenado a 10 anos de prisão num segundo processo e a mais três anos e seis meses num terceiro processo, sendo que estas duas sentenças ainda não transitaram em julgado.
O colapso do BPP, em 2010, lesou milhares de clientes e causou perdas de centenas de milhões de euros ao Estado. O BPP originou vários processos judiciais, envolvendo burla qualificada, falsificação de documentos e falsidade informática, bem como processos relacionados com multas aplicadas pelas autoridades de supervisão bancária.
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