A assinatura da cedência da posição contratual da autarquia para a Unidade Local de Saúde (ULS) de Amadora-Sintra foi realizada hoje no novo hospital numa cerimónia que contou com a presidente do autarca de Sintra, Basílio Horta, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins e o presidente da ULS Amadora-Sintra, Luís Gouveia.
Na cerimónia, Basílio Horta realçou que, com a entrega do novo hospital, que começou a ser construído em agosto de 2021 no Bairro da Cavaleira, na freguesia de Algueirão-Mem Martins, "parte importante" do seu mandato está cumprida, esperando que "seja o símbolo de uma política, de uma estratégia e do valor da descentralização".
Em declarações aos jornalistas no final da cerimónia e depois de uma visita ao hospital, a ministra da Saúde disse que a cerimónia "simboliza a cooperação entre o Estado central e as autarquias" e explicou que o novo hospital vai entrar agora num processo de licenciamento da Entidade Reguladora da Saúde (ERS), esperando que "seja breve, até pela importância deste equipamento para os munícipes".
Só depois deste processo, o hospital poderá entrar em funcionamento, disse a ministra, que ainda não tem uma data para a sua abertura: "Tudo faremos para que seja o mais rápido possível. É um hospital que faz, ao Serviço Nacional de Saúde e aos cidadãos, muitíssima falta".
Ana Paula Martins sublinhou que é um hospital com "características únicas" que pode "melhorar e muito não só o acesso, que é muito relevante neste concelho, mas também pode garantir qualidade e excelência".
Quando questionada sobre a contratação de profissionais de saúde para o novo hospital, a ministra passou a palavra ao presidente da ULS Amadora-Sintra que adiantou que estão a decorrer processos de recrutamento.
"Temos bolsas de recrutamento constituídas e temos também muitas manifestações de interesse de pessoas que atualmente trabalham no Hospital Professor Fernando Fonseca para transitar para o Hospital de Sintra", avançou Luís Gouveia.
Segundo o administrador hospitalar, há um plano definido com todos os serviços do hospital e o próprio plano de atividades para 2025 já contempla o hospital de Sintra.
"O plano está definido. Há esta questão, como a senhora ministra referiu, de todo o licenciamento junto da Entidade Reguladora da Saúde. Faremos o registo deste equipamento e posteriormente, o licenciamento, todos os testes prévios que fizemos foram ultrapassados, por isso, agora é uma questão de tempo com a entidade competente que nos garanta que teremos toda a segurança para o início dos trabalhos", salientou Luís Gouveia.
Basílio Horta realçou que é "a primeira vez que uma câmara faz um hospital", sublinhando que dos cerca de 62 milhões de euros em autofinanciamento, já estão pagos 59 milhões.
O novo hospital, com uma área de 60 mil metros quadrados, conta com serviço de ambulatório, consultas externas e exames, unidade de saúde mental, medicina física de reabilitação, central de colheitas e os meios complementares de diagnóstico e terapêutica, unidade de cirurgia de ambulatório com bloco de cirurgia e recobro.
Dispõe também de um serviço de urgência básica para servir cerca 60 mil urgências, cerca de metade das realizadas no Hospital Amadora-Sintra, de uma Unidade de Convalescença com 60 camas, Farmácia, unidade de esterilização e ainda um espaço para ensino e formação.
Leia Também: Profissionais que se opõem a restrições ao SNS exercem "direito cívico"