Segundo José Luís Gaspar, "está tudo preparado para o que for necessário, mas os meios estão posicionados no terreno para evitar o pior".
No concelho, disse, há duas frentes ativas, e no vizinho município de Baião, onde o incêndio deflagrou no início da manhã de quinta-feira, há mais quatro. Estima-se, anotou, que a área ardida seja de 1.700 hectares, no conjunto dos dois concelhos.
O autarca recordou que, no final de quinta-feira, a situação estava controlada nas frentes de Amarante, mas a mudança na direção do vento durante a noite agravou a situação.
Nas operações, pelas 10:30, estavam envolvidos cinco meios aéreos que atuam em zonas com orografia difícil.
Baião também está a acompanhar a situação com "alguma preocupação", disse à Lusa o presidente do município.
Paulo Pereira informou que as chamas lavram na zona de Mafómedes, uma aldeia da serra do Marão, na freguesia de Teixeira.
A proteção civil chegou a equacionar retirar os habitantes da localidade durante a noite, mas "não foi necessário", com os meios no terreno, indicou o presidente da Câmara.
O incêndio começou às 06:28 de quinta-feira, na zona de Teixeira, e evoluiu ao longo do dia para o concelho vizinho de Amarante, na localidade de Carneiro.
As constantes mudanças na direção do vento têm sido a maior preocupação, segundo os dois autarcas.
Às 10:25, o dispositivo de combate contava com 172 operacionais e 55 viaturas, além dos cinco meios aéreos.
Portugal Continental está em situação de contingência até domingo devido às previsões meteorológicas, com temperaturas muito elevadas em algumas partes do país, e ao risco de incêndio.
A situação de contingência corresponde ao segundo nível de resposta previsto na lei da Proteção Civil e é declarada quando, face à ocorrência ou iminência de acidente grave ou catástrofe, é reconhecida a necessidade de adotar medidas preventivas e ou especiais de reação não mobilizáveis no âmbito municipal.
Cinco distritos de Portugal continental mantêm-se sob aviso vermelho, o mais grave, devido ao tempo quente, com mais de uma centena de concelhos em perigo máximo de incêndio rural, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera.
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