Fogo no Fundão passou para o concelho da Covilhã e lavra em zona de serra

Uma das frentes do incêndio que começou hoje no concelho do Fundão entrou no concelho vizinho da Covilhã, ambos no distrito de Castelo Branco, estando ainda a lavrar na freguesia do Ferro, disse fonte do município.

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Lusa
17/07/2022 23:47 ‧ 17/07/2022 por Lusa

País

Incêndios

O vice-presidente da Câmara Municipal da Covilhã, José Serra dos Reis, que tem o pelouro da Proteção Civil, disse à Lusa, cerca das 22:50, que o fogo tem lavrado em zona de serra, tendo ardido pinhal e floresta e alguns edifícios, mas não habitacionais.

Segundo o autarca, o incêndio, que passou do concelho do Fundão para o da Covilhã "logo a seguir ao almoço", está, neste momento, "minimamente controlado, se as coisas se mantiverem assim, porque, de um momento para o outro, o vento altera tudo".

"No concelho da Covilhã a preocupação, neste momento, é mesmo só a freguesia do Ferro", disse, salientando que, se se confirmarem "os ventos como estão previstos, pode dirigir-se para a freguesia de Peraboa, que também é concelho da Covilhã".

O incêndio que deflagra desde as 14:35 em Fatela, concelho do Fundão, distrito de Castelo Branco, mantinha, cerca das 23:05, 465 operacionais e 136 viaturas envolvidos no combate às chamas, segundo os dados constantes na página da Proteção Civil.

Pelas 18:30, o presidente da Câmara Municipal do Fundão, Paulo Fernandes, disse à agência Lusa que a situação no terreno era "extraordinariamente grave" por o incêndio progredir em duas frentes.

"Estamos perante duas frentes de vários quilómetros. Uma que entrou na freguesia de Pero Viseu e, neste momento, ainda ameaça casas à volta do núcleo urbano de Pero Viseu e de uma [aldeia] anexa chamada Vales de Pero Viseu, sendo que essa frente já ultrapassou os limites do concelho do Fundão e entrou no concelho da Covilhã", adiantou.

O autarca acrescentou que a outra frente de fogo, com vários quilómetros, lavra numa zona mista agrícola e florestal mas "tem uma mancha florestal de muitos milhares de hectares" e os meios no terreno estão atentos a essa área por se poder tornar em algo "calamitoso".

Durante a tarde, a povoação de Pero Viseu esteve "em perigo", mas Paulo Fernandes não tinha informação de terem ardido habitações.

As chamas destruíram alguns anexos e equipamentos agrícolas, disse, admitindo que "em pouco mais de duas horas, arderam, provavelmente, alguns milhares de hectares, tal era a violência do vento".

Segundo o autarca, a velocidade do vento entre as 15:00 e as 17:00 foi "violentíssima".

O perímetro do fogo era "gigantesco" e o presidente do município do Fundão vaticinava que esta seria uma noite "muito comprida" e, provavelmente, o dia de segunda-feira, deverá ser "muitíssimo complicado".

Fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Castelo Branco disse à Lusa que o incêndio "ainda se encontra ativo" e que o vento forte tem dificultado o combate.

O comandante nacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), André Fernandes, disse hoje que o incêndio a decorrer em Castelo Branco teve uma progressão inicial de 2,5 quilómetros por hora.

"Significa que durante um curto espaço de tempo, o incêndio, mais ou menos, em três horas, três horas e meia, perfez um total de sete quilómetros", destacou.

De acordo com a página da internet da ANEPC, consultada pela Lusa às 23:20, este incêndio mobiliza 465 operacionais apoiados por 136 veículos.

Leia Também: Fundão, Murça e Chaves são os fogos "mais preocupantes"

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