De acordo com a informação disponível às 23h00 no 'site' da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), no terreno a combater os fogos ativos estavam 1.108 bombeiros, apoiados por 351 viaturas.
Os incêndios nos concelhos de Vila Pouca de Aguiar, Murça e Chaves, no distrito de Vila Real, são os que continuam a mobilizar mais meios de combate, com um total de 650 operacionais e 216 viaturas.
O fogo que deflagrou na sexta-feira à tarde em Bustelo (Chaves), e que chegou a ser dado como dominado, é combatido 161 bombeiros, auxiliados por 50 viaturas. Este incêndio, que já lavra em território espanhol, provocou no domingo danos em pelo menos sete habitações, cinco das quais devolutas, e em vários anexos.
Ainda no distrito de Vila Real, em Murça, o fogo está a ser combatido por 272 operacionais e 100 veículos, enquanto o incêndio de Vila Pouca de Aguiar, contíguo ao de Murça, mobiliza 217 bombeiros e 66 veículos. Ambos deflagraram no domingo à tarde.
O incêndio que começou domingo em Murça estendeu-se aos concelhos de Vila Pouca de Aguiar e de Valpaços e já terá queimado uma área superior a 3.000 hectares, segundo fonte da Proteção Civil.
A informação foi avançada aos jornalistas pelo presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar, Alberto Machado, que adiantou que, no seu concelho, "ainda há frentes ativas", prevendo, no entanto, que a "situação está controlada".
Hoje à tarde deflagrou um incêndio perto da cidade da Guarda, que obrigou ao corte do Itinerário Principal 5 (IP5), entre Alvendre e Porto da Carne, da já reaberta autoestrada 25 (A25) entre Guarda e Celorico da Beira, e da estrada municipal que serve a localidade de Alvendre. Às 23:00 estavam mobilizados para este fogo 271 operacionais e 82 veículos.
No distrito do Porto há um fogo em curso, no concelho de Penafiel, que mobiliza 103 operacionais e 31 veículos.
Em resolução, às 23h00, estavam três incêndios, com um total de 313 operacionais e 96 viaturas.
Portugal continental passou hoje para situação de alerta, o nível de resposta mais baixo previsto na Lei de Bases da Proteção Civil, depois de ter estado durante sete dias em situação de contingência (nível intermédio entre alerta e calamidade), devido ao risco extremo de incêndio rural e elevadas temperaturas.
A situação de alerta prolonga-se até às 23h59 de terça-feira, dia em que voltará a ser reavaliada a situação.
Os incêndios florestais consumiram este ano 43.721 hectares, cerca de 30.000 dos quais desde 08 de julho, segundos dados provisórios do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
Desde dia 07, os fogos provocaram um morto (o piloto de uma aeronave de combate aos fogos que se despenhou), cinco feridos graves, 109 feridos ligeiros e 95 pessoas assistidas.
Desde o dia 08, quando começaram a deflagrar os incêndios de maior dimensão, 960 pessoas foram retiradas das suas casas e 431 abrigadas nas zonas de concentração e apoio à população, tendo a maioria já regressado às suas habitações.
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