O caso chocou o país em 2020. Um casal matou uma mulher de 69 anos em Braga, em novembro desse ano, usou uma toalha embebida em lixívia para a asfixiar. O homicídio foi cometido com o objetivo impedir Maria da Graça Ferreira de alterar o testamento, no qual deixava o que tinha ao arguido, com o qual mantinha uma relação.
A vítima desconhecia a relação do casal e mantinha relação com este homem desde 2013.
Júlio Araújo, de 52 anos, e a companheira, Helena Gomes, de 48, foram condenados a 18 anos e 8 meses de prisão e 17 anos e seis meses, respetivamente.
Face à decisão do Tribunal da Relação de Guimarães, os arguidos interpuseram recurso para o Supremo Tribunal de Justiça.
Agora, por acórdão proferido no dia 26 de abril deste ano, o Tribunal da Relação de Guimarães, "confirmou quase na íntegra o Acórdão do Tribunal Judicial da Comarca de Braga (Braga, juízo central criminal), de 03.11.2021, que condenou um arguido e uma arguida pela prática, em co-autoria, de um crime homicídio qualificado, de um crime de burla informática e de um crime de profanação de cadáver", pode ler-se numa nota na Procuradoria Geral Distrital do Porto.
No que respeita à arguida, o tribunal julgou totalmente improcedente o recurso que esta interpusera, mantendo a pena que lhe fora aplicada de 17 anos e 6 meses de prisão.
Porém, quanto ao arguido, o tribunal considerou "parcialmente procedente o seu recurso", fixando em 18 anos e 6 meses de prisão a sua pena, ao invés dos 18 anos e 8 meses fixados em primeira instância.
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