Em declarações à SIC Notícias, Rui Ribeiro, presidente da Associação Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) comentou este sábado a questão dos novos radares em Lisboa as infrações já registadas.
Em primeiro lugar, começou por referir que apesar dos novos radares serem da exclusiva responsabilidade da Câmara Municipal de Lisboa, realça que tendo em conta as notícias recentes de mais de 30 mil coimas em um mês significa que "30 mil condutores que conduzem na cidade de Lisboa foram avisados da pior maneira que devem proteger-se e proteger a saúde dos restantes utentes".
Sobre a redução da velocidade diz que "existe uma frase que estigmatiza os radares que é 'a caça à multa', não se fala de caça à multa quando falamos de condução sobre o efeito de álcool, quando falamos de condução sem o cinto, ou telemóvel", isto porque "os radares salvam a vida das pessoas".
Acrescenta ainda que segundo um balanço dos últimos cinco anos existe "36% de redução em acidentes com vítimas e 56% menos vítimas mortais nos locais onde estavam os radares".
Os radares não são para passar as multas, os radares são para salvar as vidas das pessoas", refere.Fazendo referência à época que estamos a passar neste momento, o verão, aconselha: "Cumpra os limites de velocidade, a velocidade em cada uma das estradas está lá para proteger-nos enquanto utentes, não conduza sob efeito de álcool, um quarto das vítimas mortais em Portugal tem taxa crime de álcool (mais de 1,2 gramas por litro de sangue), não conduza com telemóvel, use sempre o cinto de segurança e os sistemas de retenção das crianças ou os capacetes se for motociclista".
Por último, pede para "manter a distância de segurança e parar de duas em duas horas para descansar".
Recorde-se que os novos radares de controlo de velocidade rodoviária em Lisboa, em funcionamento desde 1 de junho, registaram um total de 62.123 infrações no primeiro mês e meio, com uma média diária de 1.380 ocorrências, segundo a câmara municipal.
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