Pedro Abrunhosa responde a embaixada russa e fala em "censura"

O cantor afirma ainda que "o silêncio é cúmplice" e que a sua voz "é a voz dos portugueses".

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Notícias ao Minuto
23/07/2022 20:40 ‧ 23/07/2022 por Notícias ao Minuto

País

Pedro Abrunhosa

Depois de a Embaixada russa acusar o cantor de proferir “coisas grosseiras e inaceitáveis sobre os cidadãos da Federação da Rússia” - na sequência das declarações de Abrunhosa no concerto de Águeda - este respondeu e falou numa "tentativa de censura perante a comunidade artística".

“Essa palavra de ordem tornou-se naturalmente a palavra da resistência de toda uma oposição a esta guerra. Não há aqui qualquer ofensa pessoal”, salientou Abrunhosa em declarações à TVI, referindo-se à expressão “go f*ck yourself”, que utilizou.

"O que é incrível é que se tente reverter esta palavra, honorando uma culpa de ofensa e esquecendo as bombas que caem diariamente em cima de casas civis”, disse ainda o cantor, respondendo à Embaixada russa.

O artista afirmou também que "o silêncio é cúmplice" e que a sua voz "é a voz dos portugueses". "Este comunicado é, em todos os títulos, absolutamente abjeto. Esperava que a Embaixada se preocupasse com os civis que estão a morrer”, reiterou.

"Existe aqui o exercício de uma tentativa de censura perante a comunidade artística, da qual sou representante, e os cidadãos portugueses”, disse.

Recorde-se que o artista português, cantou, durante um concerto em Águeda, “Vladimir Putin, go f*** yourself”, que em português significa “Vladimir Putin, vai-te lixar”.

Abrunhosa tem-se manifestado abertamente contra a invasão russa da Ucrânia. Logo no primeiro dia do conflito armado, a 24 de fevereiro, o cantor recorreu à rede social Instagram para mostrar o seu apoio para com a Ucrânia, partilhando uma imagem da bandeira do país com a descrição “hoje somos todos ainda mais ucranianos”.

Em março, escreveu uma música dedicada à resistência e coragem dos cidadãos ucranianos. Segundo o próprio, o tema ‘Que o amor te salve desta noite escura’ fala da “esperança” que os ucranianos “projetam, pelos atos, sobre todos nós”.

Leia Também: Rússia "encontra sempre uma forma de quebrar a sua promessa"

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