"O debate da Nação tinha tudo para ser um bom momento para a afirmação do PSD, porém, tal não sucedeu. António Costa passou com distinção mais este obstáculo.
Joaquim Miranda Sarmento é um excelente economista, mas ainda lhe falta bastante para ser um tribuno que faça mossa a António Costa.
A democracia tem destas coisas, o líder do PSD não tem assento no Parlamento, tem lá um gabinete, mas não pode confrontar o Governo e António Costa no Parlamento.
Joaquim Miranda Sarmento devia ter começado a sua intervenção de outro modo, referindo que já teve um ponto de vista diferente sobre os serviços públicos e que, atualmente, a sua opinião evoluiu noutra perspectiva. Assim, António Costa confrontou-o com o que escreveu e com o que disse, que é bem diferente.
É incrível, o animal político que é António Costa e o traquejo que ao fim de sete anos adquiriu em confronto com quem quer que seja! Transformou os incêndios em pequenas labaredas, as dificuldades nas urgências e no SNS em algo pontual.
Essa capacidade em pensar sempre que tudo tem solução e o optimismo exacerbado faz escola na política portuguesa. Evidentemente que tudo tem solução, só não tem solução a morte.
Porém, o Governo tem tomado medidas felizes, mas pecam por atrasadas e deixam de ser assim tanto felizes. Este Governo tem pecado por quase sempre ir a reboque dos acontecimentos e não antecipar os problemas: falta de médicos, falta de professores; falta de polícias.
Nos incêndios não estou de acordo que haja um aproveitamento político, tendo em conta a vaga de incêndios que pairou no país.
O Governo mostrou que tem meios para o combate aos incêndios, mas com as condições atmosféricas adversas: altas temperaturas e vento. Pouco há a fazer.
O único que percebeu que o PS já está em modo eleitoral foi o Chega com a sua moção de censura. O IL em economia dá cartas, mas infelizmente não passa a mensagem para todos os portugueses. Talvez isso aconteça a seguir ao Verão com a subida das taxas de juro."
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