Numa informação enviada à Lusa, a associação refere que o mais necessário são "fardos de palha com grão, ração (maioritariamente para ovinos e caprinos), ração para gestantes, lactantes e crias", além de "depósitos de água, tubagens, comedouros e bebedouros".
Segundo a associação, os interessados em ajudar podem fazê-lo "com donativos em género (ração e fardos de palha), para alimentar os animais dos pastores que ficaram sem pasto para os seus animais", e com donativos monetários, para se comprar os alimentos necessários e os fazer chegar aos pastores.
O apoio pode também ser dado "na recolha e transporte dos alimentos doados e entrega dos mesmos aos pastores", na identificação dos "pastores afetados que precisem desta ajuda" e na divulgação deste apelo junto de quem puder ajudar.
"Todos os apoios recebidos e entregues serão publicados em tabela própria no nosso 'website' [em https://guardioesse.wixsite.com/guardioesestrela?fbclid=IwAR0eUjWYXDGLKD73bDTjHZswFucDphVOb22nK1WAIQQCKh7sOVku1q8zoW4]", acrescenta a associação, segundo a qual será respeitada "a privacidade dos dadores e recetores, mas garantindo total transparência na sua aplicação".
Na mesma informação a associação destaca que "os pastores da serra da Estrela são gestores do território por excelência e os poucos que persistem na sua atividade devem ser apoiados", dado os "importantes serviços de ecossistema que prestam".
"Neste momento difícil, precisam ainda mais da nossa ajuda, particularmente os que foram afetados pelos incêndios deste verão", adiantam os Guardiões da Estrela.
À agência Lusa, o vice-presidente da associação, Manuel Franco, disse que neste momento estão contabilizados cerca de 2.500 animais afetados pelo incêndio na serra da Estrela, que "perderam pastagem, palheiros e água".
"Há também animais feridos, estando o levantamento em curso", afirmou Manuel Franco, adiantando que a associação está a disponibilizar apoio veterinário de emergência.
Segundo o 'site', os Guardiões da Serra da Estrela "são uma associação ambiental que tem como missão promover o envolvimento da sociedade civil na recuperação da sustentabilidade dos ecossistemas da serra da Estrela e na proteção e conservação dos seus valores naturais e culturais".
O fogo na serra da Estrela destruiu, segundo dados oficiais provisórios, mais de 14 mil hectares.
O incêndio teve origem na Covilhã, no dia 6, foi dominado após uma semana e ainda não foi considerado extinto.
Hoje, às 14h45, estavam no terreno 472 operacionais, apoiados por 97 viaturas e um meio aéreo, de acordo com o sítio na Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, segundo o qual o fogo é considerado em conclusão.
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